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NINGUÉM EXPLICA

Feitiço de Voldemort? Por que os filmes de Harry Potter desapareceram da TV aberta?

DIVULGAÇÃO/WARNER BROS.

Rupert Grint, Daniel Radcliffe segurando vassoura e Emma Watson com livros antigos na mão

Rupert Grint, Daniel Radcliffe e Emma Watson protagonizam Harry Potter

PIERO VERGÍLIO

pierovergilio@gmail.com

Publicado em 5/2/2021 - 6h45

Na contramão de iniciativas recentes que animaram os fãs --como o anúncio de uma nova série e a volta do filme aos cinemas da China--, a franquia Harry Potter desapareceu da TV aberta no Brasil. Mais de quatro anos se passaram desde que Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001) foi exibido pela última vez no SBT, em 24 de dezembro de 2016.

Se o primeiro filme da saga foi o que teve a exibição mais recente, o capítulo derradeiro, Relíquias da Morte - Parte 2 (2011), segue inédito na TV aberta até hoje. O fã brasileiro que não foi ao cinema, não tem TV paga nem assina serviços de streaming permanece no escuro sobre o desfecho da franquia.

O que justifica o sumiço do bruxinho mais famoso de Hogwarts, vivido por Daniel Radcliffe? Seria um feitiço de Lord Voldemort (Ralph Fiennes), o arqui-inimigo que provocou uma cicatriz em sua testa?

O Notícias da TV foi desvendar esse enigma. A reportagem procurou Globo e SBT --respectivamente, a atual e a antiga parceira da Warner--, além da própria distribuidora, para obter esclarecimentos sobre o licenciamento da saga, além de eventuais restrições que impeçam a sua exibição. A empresa norte-americana não enviou as respostas até a publicação deste texto.

No SBT, recorde não superado

O SBT, casa do bruxinho desde a sua estreia na TV aberta, admitiu à reportagem que não possui mais os direitos sobre a saga. A emissora de Silvio Santos transmitiu sete dos oito filmes protagonizados por Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint. A exceção é justamente o desfecho da história.

Não é exagero afirmar que a repercussão dos longas sempre foi positiva. A estreia do primeiro filme em TV aberta, em 5 de dezembro de 2004, marcou a última vez em que a emissora de Silvio Santos superou a casa dos 30 pontos de média. Naquele dia, o longa alcançou 31 pontos no consolidado.

O recorde, desde então, não foi batido --no último sábado (30), a emissora chegou perto com os 25,3 pontos registrados pela final da Libertadores, com o Palmeiras sagrando-se campeão sobre o Santos.

Apostando nos bons resultados, o SBT promoveu duas maratonas de filmes do bruxinho enquanto eles estiveram em seu acervo. Na primeira delas, em 2009, quatro títulos foram exibidos na mesma semana, nas diferentes sessões que ocupavam o horário nobre. Em 2011, no Cinema em Casa (1988-2011), a estratégia se repetiu na Semana Mágica, em que os filmes foram transmitidos diariamente, na faixa das 17h.

Na Globo, uma saga fantástica

Em 2016, a Warner retomou a parceria com a Globo. O acordo milionário dá à emissora a prioridade para escolher uma quantidade pré-determinada de títulos. Paralelamente aos lançamentos que chegam à TV aberta, o canal tem resgatado, com certa frequência, filmes que estrearam no SBT. Somente no ano passado, isso aconteceu com Miss Simpatia (2000) e A Corrente do Bem (2000), entre outros.

A reportagem questionou a emissora se ela tem os direitos --ou, pelo menos o interesse-- de exibir algum dos filmes da franquia Harry Potter. Em resposta, a Globo reiterou que "tem acordos com as maiores distribuidoras do mundo, mas a escolha dos títulos e programação dos filmes obedece a uma decisão interna". Ela não forneceu qualquer outro esclarecimento.

Para os fãs dos filmes do universo de magia criado por J.K. Rowling, a saga Animais Fantásticos já está sendo exibida nas sessões do canal. Depois de reprisar Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016), o primeiro filme estrelado por Eddie Redmayne, a Globo anuncia para este ano a exibição de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald (2018).

A nova história, no entanto, não anula a vontade de rever a saga original. As opções, enquanto o HBO Max não chega ao Brasil, são o Now e a coleção de DVDs de cada um.


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