CONSPIRAÇÃO DA ROSA
REPRODUÇÃO/VIMEO
A brasileira Denise Watson interpreta Diana, a princesa de Gales, em Diana: The Rose Conspiracy
O destino de Diana Spencer (1961-1997) começou a se desenhar na quarta temporada de The Crown, que chegou à Netflix no último domingo (15). Entre realidade e ficção, a série dificilmente fará uma licença poética para salvar a princesa de Gales do acidente que a vitimou em 1997. A brecha, no entanto, é aberta pelo curta-metragem Diana: The Rose Conspiracy (2005), em que a nobre está viva e escondida em um dos bairros mais pobres de Montevidéu.
O pseudodocumentário de Martín Sastre acompanha um adolescente, interpretado pelo próprio artista, que encontra Lady Di entre os habitantes de uma das favelas da capital uruguaia. Ela vive sob proteção de uma irmandade secretas de freiras, que ainda estaria por trás do desastre automobilístico que também matou Dodi Al-Fayed (1955-1997) em Paris.
Em apenas 15 minutos, o curta-metragem mistura imagens reais de arquivo com as cenas de uma sósia da mãe dos príncipes Harry e William. A professora de inglês Denise Watson, curiosamente, foi encontrada pelo diretor e sua equipe pelas ruas de São Paulo.
Watson aparece em cenas prosaicas, não fosse a sua semelhança assustadora com Diana. Ela caminha em vielas com esgoto a céu aberto, dá aulas de ioga, degusta comidas típicas do país, como churros, e até mesmo mantém um romance com um homem mais novo --numa espécie de vingança à infidelidade do príncipe Charles.
Na época do lançamento, Sastre afirmou que o tom insólito é uma crítica às histórias da carochinha, em que a protagonista indefesa é sempre salva por um ser mágico e levada para um lugar seguro nos confins do mundo. Lady Di seria uma versão atualizada da Branca de Neve ou da Bela Adormecida.
"A tradução contemporânea de uma cabana no bosque da Idade Média seria hoje uma favela sul-americana, onde nem a polícia nem a lei poderiam entrar porque funcionam com suas próprias regras", explicou o videoartista em entrevista à agência de notícias Reuters em 2005.
Os curiosos enfrentarão dificuldade para encontrar a produção, que é considerada uma peça de colecionador no mercado de arte. Algumas cópias, entretanto, são disponibilizadas ao público por alguns museus ao redor do mundo como o Museu Guggenheim, em Nova York.
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