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JORNALISMO + ENTRETENIMENTO

Para ter Evaristo Costa, CNN liberou publicidade e ofereceu mordomias

Divulgação/CNN Brasil

Evaristo Costa, de terno grafite, assina contrato com a CNN Brasil de Douglas Tavolaro, em Londres - Divulgação/CNN Brasil

Evaristo Costa, de terno grafite, assina contrato com a CNN Brasil de Douglas Tavolaro, em Londres

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 5/6/2019 - 6h32
Atualizado em 5/6/2019 - 15h21

As negociações entre Evaristo Costa e a CNN Brasil começaram há dois meses e meio em Londres. Apesar de a contratação só ter sido anunciada ontem (4), foi concluída no início de maio. A CNN cedeu no único impasse e permitiu que Costa continue fazendo publicidade, uma exceção entre jornalistas, mas ele terá de submeter as futuras campanhas à aprovação do novo canal de notícias.

Assediado pelo SBT e pela Record, Costa foi seduzido porque a CNN, além de ser uma grande marca, apresentou a proposta que mais lhe agradava: no novo emprego, ele não queria ser um âncora sisudo, voltar a uma bancada de telejornal, como fez durante 13 anos na Globo. Também não abria mão de morar e trabalhar em Londres.

A CNN Brasil já trabalha no desenho de um programa semanal, a ser gravado no estúdio do canal internacional em Londres, com um Evaristo Costa despojado, à vontade, discutindo assuntos internacionais com convidados. A CNN diz que a atração será uma mistura de entretenimento com jornalismo.

No ar na TV atualmente em um comercial de margarina e também emprestando sua imagem a um sabão em pó, Costa não só continuará estrelando campanhas como também se envolverá em ações de branded content em seu programa. Esse será um formato comercial a ser explorado pelo canal.

A liberação foi essencial para o sucesso da negociação. Com 7,5 milhões de seguidores, Evaristo Costa é um jornalista desejado por anunciantes (e vive disso). A CNN, no entanto, terá o direito de vetar campanhas que considerar prejudiciais à sua imagem, como a Globo já faz com apresentadores da área de esportes.

O canal diz que essa liberalidade já existe em formatos da CNN lá fora. Fato é que as principais estrelas da CNN americana (Don Lemon, Anderson Cooper, Jim Acosta, Wolf Blitzer) e da CNN internacional (Becky Anderson, Christiane Amanpour, Richard Quest) não fazem publicidade.

Namoro rápido

O namoro entre CNN Brasil e Evaristo Costa começou na metade de março, quando o vice-presidente de Conteúdo, Américo Martins, se desligava da rede britânica BBC, onde trabalhou um total de 16 anos, em mais de uma passagem.

Àquela altura, Costa estava no radar da Record, que o queria para dar uma nova cara ao Domingo Espetacular, e de Silvio Santos, que chegou a encomendar o desenvolvimento de um programa semanal de entretenimento.

Costa vibrou com a proposta da CNN Brasil de fazer um programa sem sair de Londres, do jeito que ele gostaria. Um mês depois, veio ao Brasil para se encontrar com Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil, ex-vice-presidente de Jornalismo da Record.

Em um jantar na zona sul de São Paulo, mal conseguiu negociar. Cercado por fãs, teve de interromper a conversar para dar autógrafo e fazer selfie até com o cozinheiro. Para comemorar a ocasião, pediu champanhe.

Duas semanas depois, em maio, Tavolaro foi ao encontro de Evaristo Costa na CNN de Londres, com o pré-contrato embaixo do braço. O jornalista vestia um terno, algo que não fazia desde os tempos de Jornal Hoje.

Ele encomendou um terno grafite sob medida para assinar o contrato, conhecer o estúdio em que gravará o programa e encontrar a apresentadora Christiane Amanpour, estrela da CNN Internacional. Meio fora de forma, esqueceu de combinar as meias azul turquesa com o terno sóbrio. E já deu uma prévia de como deverá aparecer no ar a partir de novembro.


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