COLUNA DANIEL CASTRO
Divulgação/Record
Douglas Tavolaro, ex-vice-presidente de Jornalismo da Record, será o CEO da CNN Brasil
DANIEL CASTRO
Publicado em 11/2/2019 - 6h13
Atualizado em 11/2/2019 - 14h00
A CNN Brasil anunciou nesta segunda-feira (11) a contratação dos jornalistas Leandro Cipoloni, Virgilio Abranches e Fabiano Falsi, todos da Record. Cipoloni e Abranches já eram dados como certos na equipe que implantará o canal de notícias, mas Falsi é uma surpresa. Ele era esperado na emissora hoje para assumir vaga no núcleo de jornalismo investigativo do Jornal da Record, mas só apareceu para pedir demissão.
Cipoloni, Abranches e Falsi se juntam a Américo Martins, ex-BBC, o primeiro contratado da BBC Brasil, anunciado na semana passada para o cargo de vice-presidente de Conteúdo. Cipoloni será VP de Jornalismo e Abranches, VP de Programação e Multiplataforma. Falsi será chefe de Redação.
Os três primeiros profissionais serão responsáveis pela gestão editorial e operacional do canal em todas as plataformas (TV por assinatura e internet). A CNN Brasil será um licenciamento da Turner, uma operação independente, sob o comando de Douglas Tavolaro, ex-vice-presidente de Jornalismo da Record, e do empresário Ruben Menin, dono da construtura MRV e do banco Inter.
Falsi era até a semana passada diretor de Jornalismo da Record na Bahia. Estava com o prestígio em alta, já que foi sob seu comando que o Jornalismo popular da TV Itapoan passou liderar durante quase todo o dia em Salvador, deixando a Globo no sufoco. Na semana passada, ele foi chamado para ser o editor do Jornal da Record responsável pelas reportagens investigativas, um posto estratégico.
Assim como Falsi, Abranches e Cipoloni devem formalizar o pedido de demissão da Record nesta segunda. A ida deles para a CNN já era uma bola cantada desde a saída de Tavolaro. Na semana passada, seus nomes sequer foram citados em um comunicado em que Antonio Guerreiro, novo vice-presidente de Jornalismo da Record, anunciou a reformulação do departamento.
Desde 2014, Virgilio Abranches era o braço do Jornalismo no Entretenimento da Record. Foi diretor-geral do Domingo Show, de Geraldo Luis, e comandou o programa de Gugu Liberato em 2015.
Em seus 15 anos de Record, Abranches atuou também como produtor, editor, editor-executivo, editor-chefe, chefe de produção e chefe de Redação do Jornal da Record, Fala Brasil e Domingo Espetacular. Nos últimos anos, se especializou em estratégia de programação e audiência.
Também com 15 anos de Record, Leandro Cipoloni era diretor de Gestão em Jornalismo da Record, um cargo mais operacional. Começou como repórter e editor de política no Grupo Estado.
No núcleo investigativo da Record foi responsável por reportagens que culminaram com a renúncia de Ricardo Teixeira da CBF (e originaram o livro O Lado Sujo do Futebol, finalista do prêmio literário Jabuti) e por uma série sobre esquema de corrupção do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e Pezão. Integrava a equipe que conquistou o primeiro Prêmio Esso da história da Record, em 2005.
Por enquanto, a CNN Brasil só tem esses quatro profissionais. Até o final do ano, eles estarão à frente de uma operação que envolverá 800 contratados, metade jornalistas. A sede do canal será em São Paulo, mas ainda não foi escolhida.
GUILHERME FONTES ENTRA PARA ELENCO DE ÓRFÃOS DA TERRA
O ator que substituirá Cássio Gabus Mendes em Órfãos da Terra será Guilherme Fontes. Mendes deixou a próxima novela das seis da Globo porque está escalado para dar vida a um personagem mais importante: Júlio, o marido da protagonista Lola (Gloria Pires) do novo remake de Éramos Seis, que agora será a substituta de Órfãos da Terra, no final deste ano.
Guilherme Fontes, que fez bastante sucesso nos anos 1990, está afastado das novelas da Globo desde 2014 (Boogie Oogie). Órfãos da Terra está tendo gravações em São Paulo e estreia no final de março.
ACERVO PESSOAL
O cineasta João Daniel Tikhomiroff com o astro Danny Glover nos bastidores do DGA, sábado
CINEASTA BRASILEIRO É HOMENAGEADO EM FESTIVAL NOS EUA
Fundador e sócio-diretor da Mixer, o cineasta João Daniel Tikhomiroff foi homenageado no último sábado (9) no Pan African Film Festival of Los Angeles (PAFF), evento que celebra a arte criada por descendentes de africanos. Besouro, filme dirigido por Tikhomiroff em 2009, foi escolhido como "best of the best", o que o coloca com o um dos três melhores da história do festival, iniciada em 1992.
Não bastasse, o produtor brasileiro foi ovacionado em um encontro com diretores que exibiram seus filmes no Pan African Film Festival, realizado no Directors Guild of America, o sindicato dos diretores de Hollywood.
Besouro conta a história de um capoeirista que "voava" na Bahia ainda escravocrata da década de 1920. Com prêmios em vários festivais, inclusive o de melhor filme da edição de 2011 do PAFF, é um cult movie nos Estados Unidos, onde está no catálogo do Prime Video, plataforma de streaming da Amazon.
DIVULGAÇÃO
O capoeirista Ailton Carmo como Besouro no filme homônimo de 2009; sem série na Globo
ENQUANTO ISSO, SÉRIE NA GLOBO CAI DO TELHADO
Inicialmente prevista para 2020, a série de TV baseada em Besouro subiu no telhado na Globo --e caiu. A produção deslocaria o capoeirista justiceiro da Bahia de 1920 para o Rio de Janeiro ou São Paulo atuais. O desenvolvimento da série foi abortado, segundo uma alta fonte.
O diretor e produtor João Daniel Tikhomiroff, no entanto, diz que a série não foi cancelada nem adiada. Segundo ele, houve "um acordo criativo, saudável para ambos os lados". Tikhomiroff diz que não pode dar mais detalhes, por enquanto, devido a questões contratuais.
DANIEL CASTRO, editor-chefe do Notícias da TV, é jornalista especializado na cobertura de TV há 22 anos. Esta coluna é experimental; ainda não há uma periodicidade definida (mas pode voltar amanhã).
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