Máquina de fazer dinheiro, Boca Rosa não se arrepende de cancelamento no BBB

Participar do Big Brother Brasil virou uma jogada de alto risco para pessoas que já têm ou tiveram alguma fama, como descobriram os participantes do BBB 24. Mas para a influenciadora e empresária Bianca Andrade, a Boca Rosa, 29, o cancelamento que sofreu no BBB 20 valeu a pena. E muito. Graças à projeção que teve na Globo, ela prevê faturar R$ 1 bilhão nos próximos seis anos com sua marca de cosméticos.

"Não me arrependo de nada", disse nesta terça-feira (16), durante a Web Summit Rio, megaevento de inovação, tecnologia e empreendedorismo que está em sua segunda edição no Rio de Janeiro. Bianca falou para uma plateia de cerca de 5 mil pessoas sobre "os altos e os baixos do empreendedorismo".

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Bianca reconheceu que antes de BBB 20 era apenas "a blogueirinha" e que entrou no reality show se posicionando "como empresária", disposta a impulsionar seus negócios. Ela combinou com J.B. Oliveira, o Boninho, diretor do programa, que usaria seus produtos, apesar de não poder mostrar a marca.

Nem tudo saiu como planejado, também admitiu a influenciadora, cancelada após defender as atitudes machistas de participantes do programa. Foi a primeira mulher eliminada da edição, que considera a "melhor" das que tiveram participantes famosos.

Apesar da passagem curta de Bianca pelo BBB 20, ela mais que dobrou seu público nas redes sociais e as maquiagens e a marca Boca Rosa nunca mais foram as mesmas. "Desde o Big Brother pra cá, foram R$ 400 milhões que a gente faturou", contou a ex-moradora do Complexo da Maré, comunidade pobre do Rio de Janeiro.

No ano passado, Bianca rompeu parceria com a Payot e passou ela mesma a controlar seus produtos, fabricados por terceiros. Agora com seu próprio e-commerce, a Boca Rosa Beauty projeta faturamento de R$ 180 milhões no primeiro ano, acumulando R$ 1 bilhão até 2030.

E boa parte disso se deve ao erro de estratégia no BBB 20. Segundo Bianca, o cancelamento de quatro anos atrás lhe deu uma "oportunidade de evoluir e crescer" como pessoa e como produto.

"Me tornou mais humana, e minha marca vem de vento em popa. Como empresária, eu sou do cacete", disse, sem nenhuma modéstia, a jornalistas e fãs-influenciadores logo após a palestra na Web Summit.