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COBERTURA DISCRETA

Hebe, Chaves e idade fizeram Silvio Santos vetar 'exploração da morte' de Gugu

AGNEWS

O apresentador Carlos Massa reza diante do corpo de Gugu Liberato na Assembleia Legislativa de São Paulo

O apresentador Carlos Massa reza diante do corpo de Gugu Liberato na Assembleia Legislativa de São Paulo

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 2/12/2019 - 5h50
Atualizado em 2/12/2019 - 5h51

O SBT decepcionou críticos de TV e fãs de Gugu Liberato (1959-2019) com uma cobertura chocha do funeral do apresentador, morto no último dia 22. Como revelou Dudu Camargo, a emissora tinha vários repórteres e até helicóptero mobilizados, mas Silvio Santos baixou uma ordem de "não exploração da morte". Os motivos desse veto são uma mistura de respeito, mágoa, arrependimento e sensibilidade à morte, conta uma pessoa muito próxima do dono do SBT.

"Ele [Silvio Santos] está mais sensível a casos de morte", diz a fonte. A proibição é uma contradição na trajetória de uma rede que exibe um programa como o Alarma, que fez ampla cobertura do adeus a Hebe Camargo (1929-2012) e que alcançou a liderança no Ibope em dezembro de 2014, quando repetiu a dose por Roberto Bolaños (1929-2014), intérprete de Chaves.

Mas foram justamente as coberturas dessas despedidas que acionaram o alerta em Silvio Santos. A seus executivos, ele reclamou muito do espaço e do tratamento dados. Disse que não queria mais esse tipo de cobertura emotiva, a despeito da boa audiência que gera.

A orientação foi cumprida nos últimos anos, mas dentro do SBT se acreditava que cairia com a morte de Gugu. Nada. Quando a emissora já estava com seus valiosos recursos jornalísticos acionados para a cobertura do velório, na última quinta, veio o "decreto" de Silvio. "Ele falou que aqui não se explora a morte", revela a fonte. "Silvio Santos ficou muito tocado com o fim inesperado de Gugu, de quem era mais próximo [do que Hebe e Bolaños]".

O fato é que Gugu Liberato, talvez o maior nome da história do SBT depois de Silvio Santos, mereceu "apenas" uma homenagem no Domingo Legal e uma cobertura discreta em seus telejornais, muito menor do que as da Record, Globo e Band. Por outro lado, os telespectadores do SBT foram poupados de testemunharem em tempo real a dor da família e dos amigos do apresentador, diferentemente dos da Record.

É inegável também que a família Abravanel até hoje não superou a ida de Gugu para a rede de Edir Macedo, em 2009, quando a emissora passava por um momento difícil. Como apontou o crítico Maurício Stycer em texto no UOL, na época Gugu e as filhas de Silvio bateram de frente, e o ressentimento resistiu a uma década.

"Fizemos de tudo para ele ficar, mas o oferta da outra emissora era praticamente impossível de recusar e sempre entendemos isso", justificou Patricia Abravanel em texto publicado anteontem (30) no Instagram da jornalista Patrícia Kogut, de O Globo, que deu nota zero para a cobertura do SBT. Confira:

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Que feio #notazero #colunapatriciakogut #colunapatriciakogut #jornaloglobo

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A filha de Silvio Santos defendeu a emissora das críticas: "O Domingo Legal foi todo em homenagem ao Gugu. Nosso jornalismo, nossos breaks, compramos página no jornal para homenagear. Uma pena estarem nos avaliando dessa forma. Gugu sempre foi muito amado por todos nós da família. Ele fez parte da nossa história e enquanto esteve conosco era o braço direito do meu pai". Confira:

Veja entrevista de Dudu Camargo ao programa Tricotando, da RedeTV!, em que ele fala sobre o veto de Silvio Santos ao velório de Gugu:


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