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CRISE SEM FIM

De Globo a Record: Frustradas com Bolsonaro, redes adiam novos programas

Alan Santos/Presidência da República

Jair Bolsonaro no Programa Silvio Santos, no SBT: namoro da TV com presidente pode sofrer abalo - Alan Santos/Presidência da República

Jair Bolsonaro no Programa Silvio Santos, no SBT: namoro da TV com presidente pode sofrer abalo

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 20/5/2019 - 6h48
Atualizado em 20/5/2019 - 15h14

Inicialmente entusiasmadas com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, as principais redes de TV aberta estão tendo de rever seus planos para 2019 e adiar novos projetos. Executivos de SBT, Record, Band e RedeTV! já demonstram decepção com o novo presidente, embora publicamente o apoiem. Além da falta de verbas de empresas públicas, as emissoras reclamam dos rumos da economia. Querem sair da crise que se arrasta desde 2014.

Na Record, ficou para o segundo semestre o projeto de um novo telejornal para o fim de noite, na vaga que foi do Programa do Porchat. A emissora também puxou o freio no desenvolvimento de uma nova atração para Sabrina Sato, fora do ar desde março.

Nos bastidores, a direção da casa está sendo criticada por tirar a jornalista Janine Borba do Domingo Espetacular sem ter a certeza de que um novo programa, que estudam para ela, sairá do papel.

Na Band, a falta de boas perspectivas comerciais adiou indefinidamente a estreia de um novo reality show, a ser apresentado por Ana Paula Padrão, com jornalistas competindo pela produção de conteúdo. A ideia era estrear o programa em abril.

A ordem também é manter cautela no SBT e na RedeTV!. Novos projetos? Por enquanto, não. "O mercado está 30% abaixo do que era em 2014, e a propaganda tem uma relação incestuosa com a economia. Quando a economia vai bem, o nosso negócio bomba também. Mas o mercado não consegue ainda enxergar o segundo semestre. É orar e trabalhar", diz um importante executivo, que pediu para não ser identificado.

Crise na Globo

Até mesmo a Globo, em um patamar de faturamento muito superior (arrecadou no ano passado cinco vezes mais que a Record), tem sido cautelosa.

A insegurança quanto ao futuro da economia tem forçado a emissora a reduzir altos salários e é apontada como o principal motivo de a direção da casa não estar com pressa de colocar no ar um novo programa de Fernanda Gentil no ar.

No início deste ano, as emissoras embarcaram no otimismo que tomou conta do mercado com a posse de Jair Bolsonaro. Mas a demora na aprovação da Reforma da Previdência e o fraco desempenho da economia já aponta para um "ano perdido", na avaliação de especialistas.

A previsão de crescimento do PIB (Produto Bruto Interno), que era de 2,5% em janeiro, já caiu para 1,5% nas projeções mais otimistas.


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