NA GLOBO
DANIELA TOVIANSKY/TV GLOBO
Renata Silveira em evento da Globo para a imprensa; narradora fez pedido especial para a Copa
Narradora da Copa do Mundo pela terceira vez na carreira, Renata Silveira faz um pedido especial para a cobertura da competição, que acontecerá no Catar a partir de 20 de novembro. "Se me perguntar um jogo que eu quero narrar, coloca o da Dinamarca na conta", declara ela.
Em 2021, Renata foi responsável por narrar o jogo entre Dinamarca e Finlândia pela Eurocopa no SporTV. A partida ficou marcada pela parada cardíaca que Christian Eriksen sofreu no gramado, e a locutora foi elogiada por sua performance diante do incidente.
"Eu estou aqui para narrar. Qualquer coisa, qualquer seleção. A Copa do Mundo não tem jogo pequeno", diz ela. Renata começou a trabalhar com locução em 2014 ao vencer o concurso Garota da Voz, promovido pela Rádio Globo para colocar mulheres na narração de uma Copa pela primeira vez.
"A minha história é toda ao contrário, né? Eu comecei narrando a Copa do Mundo em 2014 e me tornei a primeira mulher narrando um jogo de Copa do Mundo", relembra ela, que transmitiu a final entre Alemanha e Argentina no Maracanã pela rádio.
Na Copa da Rússia, em 2018, Silveira voltou dar voz à competição, desta vez na TV. Ela foi contratada pelos extintos canais Fox Sports, que promoveram o concurso Narra Quem Sabe, responsável pela revelação de Natália Lara, que também está na equipe de transmissão da Globo.
Entre o Mundial do Brasil e o da Rússia, pouco se falou sobre a participação de mulheres nas exibições de jogos de futebol. "Ficou um vazio, nada aconteceu em relação à narração feminina", lamenta Renata. A situação, no entanto, foi diferente entre 2018 e 2022.
"A gente agora tem mulheres contratadas em empresas, trabalhando com futebol, narrando futebol. Essa evolução, esse espaço que a gente está conquistando, é muito pela nossa capacidade, mas também pela oportunidade e pela visão que as empresas estão tendo em relação a isso, de que as mulheres também narram", comemora ela.
Renata destaca o alcance maior que as mulheres terão ao narrar a Copa do Mundo pela TV aberta pela primeira vez. "É uma representatividade muito grande. Geralmente eu estou falando para um público menor, um núcleo que gosta de futebol, mas quem não gosta de futebol vai acompanhar a Copa. É uma coisa que eu não tenho nem dimensão", declara.
A narradora diz ainda que acredita que o fato de narrar um evento tão grande como esse abra mais portas para que mulheres ocupem espaço no futebol. "A gente vai crescer cada vez mais, porque agora as meninas vão poder ligar a televisão e ver mulheres narrando", celebra.
A partir do momento que você tem um exemplo, você tem alguém para se inspirar. Eu nunca imaginei fazer isso na vida, porque eu nunca vi nenhuma mulher fazendo isso.
A locutora se emociona ao falar sobre ser exemplo para as mulheres que querem trabalhar com futebol. "A gente pode ser espelho para outras meninas, outras mulheres perceberem e notarem que é possível ser uma narradora, só porque tem alguém ali fazendo isso também", finaliza.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.