Em despedida, Galvão Bueno sepulta críticas por machismo contra Ana Thaís

Galvão Bueno reservou seus últimos minutos como narrador da Globo para enaltecer o trabalho da comentarista Ana Thaís Matos, que trabalhou ao lado dele e de Junior nas transmissões da Copa do Mundo no Catar. O veterano ressaltou o fato de a jornalista ter aberto portas para outras mulheres atuarem na cobertura esportiva, meio ocupado predominantemente por homens.

Os elogios vieram após ele ser acusado de machismo com a profissional. No início da Copa, internautas apontaram que, por várias vezes, ele ignorava os comentários de Ana e elogiava quando Junior tecia declarações semelhantes. Ela, no entanto, sempre fez questão de exaltar Galvão publicamente e nunca fez coro ao críticos.

Na tarde deste domingo (18), logo depois que a Argentina foi coroada campeã, o narrador sepultou tais críticas com novos elogios à comentarista --no início da transmissão, ele também havia dado uma breve declaração sobre ela. "Querida, me dá um beijo. Bom demais trabalhar com você. Está abrindo portas e quebrando paradigmas! Isso é muito bacana e muito importante", disse.

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Ao final, ele se estendeu mais:

Eu quero dar parabéns a você pela sua presença. Volto a dizer, mais uma vez, abrindo portas. Seja muito bem-vinda em outras Copas. Não estaremos mais juntos, mas seja muito bem-vinda em outras copas. Você representa uma vitória para as mulheres em um trabalho que sempre foi muito dos homens. É muito bom tê-la aqui.

Emocionada, a jornalista encerrou de vez os boatos de um relacionamento ruim com o veterano: "Eu agradeço em nome de todas as mulheres da equipe, as mulheres da empresa, as mulheres que se sentem felizes e representadas de alguma forma. Eu me sinto honrada de trabalhar com você e fazer parte da sua última Copa do Mundo aqui na TV aberta", disse.

Depois, o apresentador recebeu homenagens, com mensagens dos colegas de equipe, aplausos e VTs de seus momentos mais marcantes de narração esportiva --passando por Ayrton Senna (1960-1994), o tetra e o pentacampeonato do Brasil, além do ouro da ginasta Rebeca Andrade nas Olímpiadas de 2020.

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