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CLÁSSICA

Claudia Raia defende novelas e critica streaming: 'Pulveriza a TV aberta'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Claudia Raia em cena da novela Haja Coração, da Globo

Claudia Raia em participação como ela mesma na novela Haja Coração (2016), da Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 1/6/2021 - 8h42

Claudia Raia defendeu as novelas clássicas e criticou o streaming por prejudicar a forma de consumo tradicional das produções. "Antes, tínhamos uma dramaturgia mais coesa, digamos assim. Sem interferência da internet, sem a rapidez do streaming, que pulveriza um pouco a TV aberta", declarou a veterana.

Apesar disso, a atriz de 54 anos disse acreditar que a chegada de folhetins antigos ao catálogo do Globoplay pode atrair novos públicos, principalmente entre os jovens. 

"Acho muito legal porque o público jovem está se interessando pelo que a gente fazia lá atrás. Isso não significa que que agora não é bom e antes era", ressaltou a protagonista de várias novelas da Globo em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

"Mas acho que, antes, tínhamos uma dramaturgia mais coesa, digamos assim. Sem interferência da internet, sem a rapidez do streaming, que pulveriza um pouco a TV aberta. Embora eu acredite que ela ainda sobreviverá muitos anos justamente porque o nosso DNA é a teledramaturgia", constatou a dançarina.

"Sinto muito isso pelas amigas da Sofia [filha de Claudia com Edson Celulari], que chegam falando: 'Tia, estou vendo sua novela'. Fico muito feliz de ver a Globo resgatando essas várias produções para o streaming. Sempre achei que esse acervo seria um trunfo", comemorou a mulher de Jarbas Homem de Mello.

Em 1987, Claudia fez sucesso como a Tancinha de Sassaricando, novela escrita por Silvio de Abreu. "Considero a personagem um turning point [ponto de virada] na minha carreira. Um dia, cruzei com o Silvio nos corredores da Globo. Eu não sabia quem era, e ele veio falar comigo: 'Sou autor e estou escrevendo uma personagem para você na novela das 21h. Vai ser um grande sucesso na sua carreira'. Agradeci, mas não entendi muito bem", relembrou.

"Depois, quando já tinha texto, fui de ônibus, porque não tinha grana, para São Paulo. Fiquei dias indo às feiras no Brás. Fiz meu laboratório e ali começou todo o meu trabalho de prosódia, que depois desenvolvi melhor. No começo, a personagem foi rejeitada, diziam que era chatíssima".

"Silvio me disse: 'Não mude uma vírgula'. E ele estava certo. Foi um processo muito bacana, a criação em cima de uma simplicidade mesmo. Ela era um furacão, absolutamente feminista. Batia nos homens e, ao mesmo tempo, era sexy e ingênua. Uma coisa meio Marylin [Monroe (1926-1962)], alma de criança e invólucro de mulherão", concluiu Claudia. 

A atriz fez uma participação especial como ela mesma em Haja Coração, novela de 2016 que foi reprisada em 2020 (devido à pandemia da Covid-19). A trama escrita por Daniel Ortiz é uma adaptação de Sassaricando.


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