LUTO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Veruska lamentou a morte do jornalista Ricardo Boechat em seu perfil no Instagram
REDAÇÃO
Publicado em 11/2/2019 - 16h32
Veruska Seibel Boechat, mulher de Ricardo Boechat, desabafou sobre a morte do marido em um post no Instagram. "Pior dia da minha vida", escreveu ela, numa foto em que aparece abraçada ao jornalista, tirada no dia de seu casamento. O jornalista da Band morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), vítima de um acidente aéreo.
Eles se casaram em 2005, um ano após começarem a namorar. Os ouvintes da Rádio Bandeirantes conhecem a mulher do jornalista como "doce Veruska", maneira como ele se referia a ela diariamente. Veja o post de Veruska no Instagram:
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O âncora do Jornal da Band morreu aos 66 anos em um acidente na rodovia Anhanguera, na zona oeste de São Paulo. Ele estava em um helicóptero que caiu sobre um caminhão na altura do quilômetro 7 do Rodoanel. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista teve ferimentos leves, mas o jornalista e o piloto da aeronave morreram na hora --os corpos foram encontrados carbonizados.
Boechat tinha ido para Campinas (localizada a 100 km da capital) fazer uma palestra para uma indústria farmacêutica e voltava de helicóptero para São Paulo. Ele pretendia almoçar em casa e depois seguir para a Band, para comandar o Jornal da Band. O piloto foi identificado como Ronaldo Quattrucci.
Trajetória
Ricardo Eugênio Boechat nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1952, e era filho de um diplomata. Começou a carreira como repórter em 1970, no Diário de Notícias, Foi secretário de comunicação de Moreira Franco no governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1987, e entre os anos 1980 e 1990 foi repórter e colunista dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Estado de S.Paulo.
A carreira na televisão começou em 1997, quando ganhou um quadro de opinião no Bom Dia Brasil. Permaneceu no Grupo Globo até 2001, quando foi demitido após se envolver num escândalo de empresas de telefonia.
A revista Veja publicou na época uma reportagem em que trazia conteúdo de telefonemas entre Boechat e o jornalista Paulo Marinho, em que eles conversavam sobre o conteúdo de reportagens sobre a guerra pelo controle e companhias telefônicas no Brasil. Marinho trabalhava para um aliado da TIM.
Mesmo após o escândalo, Boechat continuou considerado como um dos jornalistas mais importantes e influentes no Brasil. Ele foi colunista do Jornal do SBT e chegou a gravar o piloto de um telejornal para a emissora, que nunca se concretizou. Também foi colunista do jornal O Dia e professor de jornalismo na Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro.
Boechat entrou para a Band em 2006, como diretor de jornalismo da sucursal do Rio de Janeiro. Se mudou para São Paulo em fevereiro daquele ano para ser âncora do Jornal da Band, mesma função que exercia no Jornal BandNews, que apresentou na rádio até ontem. O jornalista também mantinha uma coluna na revista IstoÉ.
Ao longo da carreira, Boechat recebeu diversos prêmios por sua atuação no jornalismo. Foram três prêmios Esso (em 1989, 1992 e 2001) e nove Comunique-se (em 2006, 2007, 2008, 2010, 2012, 2013, 2014 e 2017). Ao receber tantos troféus, entrou para a Galeria de Mestres do Jornalismo da premiação e foi considerado hors-concours nas categorias Apresentador/Âncora de Rádio e Colunista de Notícia. Foi eleito como o jornalista mais admirado do Brasil em 2014 e 2015.
Boechat era casado com Veruska Seibel e deixa seis filhos.
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