INTERPRETOU NINFETA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Mel Lisboa em post no Instagram; ela lutou para se afastar de personagem de Presença de Anita
Há vinte anos, Mel Lisboa estreou na minissérie Presença de Anita (2001), na Globo. A ninfeta da trama de Manoel Carlos rapidamente tornou a atriz desconhecida, então com 19 anos, num fenômeno de sucesso e símbolo sexual. Marcada pela personagem, a gaúcha sofreu para se afastar do papel ao longo da carreira. "Neguei a minha sensualidade", afirmou.
Na minissérie, Mel interpreta Cíntia, que assume a identidade de Anita para seduzir Nando (José Mayer), um escritor casado com Lúcia Helena (Helena Ranaldi). A produção foi baseada no livro homônimo de Mário Donato (1915-1992) e teve direção geral de Ricardo Waddington e Alexandre Avancini.
"Na época, eu achava que entendia tudo. Mas depois percebi que não. Estava no olho do furacão, e minha vida mudou do dia para a noite", contou a atriz, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste sábado (31).
Alçada a símbolo sexual, a artista quis se distanciar a todo custo da personagem. "Logo depois, rolou um movimento natural em que neguei a minha sensualidade. Reneguei aquilo, num desejo de construir uma carreira que me levasse para outros lugares. Mas sei que tudo o que sou é fruto de escolhas. E de erros, acertos, traumas, felicidades... Meus maiores desastres de trabalho também fazem parte da minha história".
Mel, no entanto, fez as pazes com a personagem. "Acho bonito olhar para o Presença de Anita 20 anos depois. É uma série feita para aquele tempo, e naquela época quebrou paradigmas. Se fizéssemos um remake hoje, seria bem diferente", argumentou.
Atualmente, com sua volta à Globo após 13 anos frustrada devido ao adiamento da novela Cara & Coragem, a atriz "encara" uma pandemia pior que a da Covid-19 na audiossérie Paciente 63, do Spotify. Na trama, Mel interpreta uma médica psiquiatra que trata um homem que diz ser um viajante no tempo com a missão de salvar a humanidade de um apocalipse --papel de Seu Jorge.
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