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DO SPOTIFY

Com volta à Globo frustrada, Mel Lisboa 'encara' pandemia pós-Covid em série

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

A atriz Mel Lisboa sorri em foto publicada no Instagram

Mel Lisboa em foto publicada no Instagram; atriz estrela audiossérie com tema apocalíptico

KELLY MIYASHIRO

kelly@noticiasdatv.com

Publicado em 22/7/2021 - 6h30

Com sua volta à Globo após 13 anos frustrada devido ao adiamento da novela Cara & Coragem, Mel Lisboa "encara" uma pandemia pior que a da Covid-19 na audiossérie Paciente 63, do Spotify, que estreia nesta quinta-feira (22) no serviço de streaming. Na trama, a atriz interpreta uma médica psiquiatra que trata um homem que alega ser um viajante no tempo que precisa salvar a humanidade de um apocalipse --papel de Seu Jorge.

Mel foi escalada para viver a vilã de Cara & Coragem, trama escrita por Claudia Souto que acabou sendo postergada para 2022 por causa da crise sanitária vigente. No novo papel, a atriz contracenará com Ícaro Silva e Ricardo Pereira. A previsão é que o folhetim vá ao ar após o fim de Quanto Mais Vida, Melhor, próxima novela das sete da Globo que deve ser exibida depois do fim da reprise de Pega Pega --substituta de Salve-se Quem Puder.

A atriz também iria integrar o elenco de Malhação - Transformação, mas a temporada inédita da novela teen foi colocada na gaveta e sem previsão. A última participação de Mel Lisboa na Globo foi na série Casos e Acasos (2008). Desde então, ela fez papéis em novelas da Record e participou de séries da HBO e GNT. O trabalho mais recente da atriz foi em Coisa Mais Linda, da Netflix.

Longe da Globo e na radionovela Paciente 63, Mel Lisboa é a doutora Elisa Amaral, uma psiquiatra dividida entre a realidade e o delírio de um enigmático paciente, Pedro Roiter, cuja ficha clínica é a número 63. Com a voz de Seu Jorge, o personagem alega ser um viajante do futuro que veio para salvar a humanidade da devastação causada por uma pandemia que levou a sociedade à era rudimentar. 

Na coletiva à imprensa com a apresentação da audiossérie, a atriz foi questionada pelo Notícias da TV se o tema apocalíptico não seria pesado para o atual momento do Brasil, onde mais de 540 mil pessoas morreram de Covid-19, e defendeu a função artística da obra. 

"Ao ouvir a série eu fiquei muito mexida também, agoniada, mas no bom sentido, no sentido da provocação. E no sentido de desenvolver um pensamento crítico. De olhar ao seu redor e ver o que tá acontecendo também. Em fazer paralelos, que é uma das funções da arte, que é fazer com que você observe e construa essa crítica", alegou a atriz.

É também função da arte tocar algumas feridas, para provocar mesmo. A arte é provocativa. Então eu tô te falando isso porque claro que cada um vai sentir [a série] de um jeito. E algumas podem achar que é demais, porque, realmente, ela tem uma visão meio apocalíptica, né? Mas, por outro lado, ele dá possibilidades, ele está voltando para tentar mudar. Então, o que o personagem tá dizendo? 'Acredite no futuro'. 

"Pense no hoje, pense no que você faz hoje, porque isso terá consequências amanhã. Então faz com a gente reflita sobre o hoje, sobre as nossas ações, atitudes, sobre tudo que a gente fala, reproduz. A gente tem que pensar no que poderia ser evitado se a gente voltasse ao passado e mudasse a linha do tempo. O que a gente poderia ter feito para não estarmos nessa situação de hoje?", completou uma das protagonistas de Coisa Mais Linda, da Netflix.

O paciente 63

Já Seu Jorge, intérprete do Paciente 63, faz paralelos entre a audiossérie e o momento caótico do Brasil atual. "Uma coisa que é muito interessante na questão do personagem é ele citar as gerações entre pandemias, o que ele quer dizer é que não vamos parar de ter isso", começou o cantor.

Muitas pessoas perderam sua vida não porque aglomeraram ou porque saíram pra trabalhar. Mas porque a doença foi até eles de alguma maneira, eles pegaram, contraíram e ficaram. A ciência tá lutando contra um negacionismo muito grande hoje. É disso que o Pedro Roiter fala. Dá pra evitar uma série de eventos que desencadearam no futuro de 2062 dele. 

"Aí hoje a gente, estimulado e instigado, fica pensando em 2062, né? Estimulado ao ouvir essa série e até de certa forma esse sentimento de pesado, realmente, se esse negócio se confirma, essa nada, esse vazio se confirma é [questionar] como vai ser viver rudimentar para a nova geração?", se perguntou o astro da MPB.

"Temos que conservar todo conhecimento que consumimos e toda a sabedoria que nós construímos até agora. Porque isso, realmente, está muito próximo da gente", avaliou o compositor. 

Criada por Julio Rojas, Paciente 63 estreia nesta quinta-feira (22) no Spotify. Confira o trailer: 


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