PERDA DIFÍCIL
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Meghan Markle e o príncipe Harry em foto publicada no Instagram; atriz fez desabafo emocionante
Meghan Markle revelou que sofreu um aborto de seu segundo filho com o príncipe Harry. A duquesa de Sussex escreveu um artigo para o jornal norte-americano The New York Times em que desabafou sobre a perda repentina do irmãozinho de Archie, o primogênito do casal. O texto foi publicado nesta quarta-feira (25).
No artigo As Perdas que Compartilhamos, Meghan explica que o aborto espontâneo ocorreu em julho deste ano. "Era uma manhã de julho que começou tão normalmente quanto qualquer outro dia. Depois de trocar a fralda [de Archie, de um ano de idade], senti uma cãibra forte. Eu me joguei no chão com ele em meus braços, cantarolando uma canção de ninar para nos manter calmos", começou a ex-atriz da série Suits.
"A melodia alegre em forte contraste com a minha sensação de que algo não estava certo. Eu sabia, enquanto agarrava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo filho", revelou ela.
"Poucas pessoas perguntaram se eu estou bem. Sentada em uma cama de hospital, vendo o coração do meu marido se partir enquanto ele tentava segurar os pedaços do meu, percebi que a única maneira de começar a curar é primeiro perguntando: 'Você está bem?'", escreveu Markle.
A duquesa de Sussex ainda citou como a pandemia da Covid-19 causou dor ao mundo, além das mortes de Breonna Taylor e George Floyd, ambos negros assassinados por policiais nos Estados Unidos, e até as eleições presidenciais vencidas por Joe Biden.
"Não estamos apenas brigando por nossas opiniões sobre os fatos; estamos polarizados quanto ao fato de o fato ser, de fato, um fato. Não sabemos se a ciência é real. Estamos em desacordo sobre se uma eleição foi ganha ou perdida. Essa polarização, juntamente com o isolamento social necessário para combater esta pandemia, nos fez sentir mais sozinhos do que nunca", avaliou ela.
De volta ao aborto, a mãe de Archie ressaltou a importância em falar sobre o processo de luto, que ainda é considerado um tabu pela sociedade. "Perder um filho significa carregar uma dor quase insuportável, vivida por muitos, mas falada por poucos", constatou a mulher de Harry.
"Na dor de nossa perda, meu marido e eu descobrimos que em um quarto com 100 mulheres, 10 a 20 delas sofreram aborto espontâneo. No entanto, apesar da incrível semelhança dessa dor, a conversa permanece um tabu, cheia de vergonha (injustificada) e perpetuando um ciclo de luto solitário", explicou a cunhada do príncipe William.
"Aprendemos que quando as pessoas perguntam como qualquer um de nós está indo, e quando realmente ouvem a resposta, com o coração e a mente abertos, o fardo da tristeza geralmente fica mais leve --para todos nós. Ao sermos convidados a compartilhar nossa dor, damos os primeiros passos em direção à cura", continuou.
"Portanto, neste Dia de Ação de Graças, quando planejamos um feriado diferente de todos os anteriores --muitos de nós separados de nossos entes queridos, sozinhos, doentes, assustados, divididos e talvez lutando para encontrar algo, qualquer coisa, pelo qual ser gratos-- vamos nos comprometer a perguntar aos outros: "Você está bem?"', pediu Meghan.
"Por mais que possamos discordar, por mais distantes fisicamente que estejamos, a verdade é que estamos mais conectados do que nunca por causa de tudo o que suportamos individual e coletivamente este ano", finalizou a artista.
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