NOVA 'COACH'
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Gabriel Medina e Yasmin Brunet em foto nas redes sociais; surfista reclamou de decisão do COB
Gabriel Medina acusou o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) de tentar prejudicá-lo ao vetar o credenciamento de Yasmin Brunet como parte de seu estafe para as Olimpíadas de Tóquio. O surfista alegou que sua mulher faz o trabalho que antes era de seu padrasto, Charles Saldanha, e reclamou que outros atletas não foram barrados de levar pessoas de convívio íntimo como equipe.
"Está sendo um desgaste enorme brigar pelos meus direitos", afirmou ele, em entrevista ao jornal O Globo. O atleta explicou que no ano passado, antes de os jogos serem adiados por causa da pandemia da Covid-19, ele havia enviado os nomes e especificações de sua equipe, que não é mais a mesma.
Também por causa da pandemia, o COB pediu que ele enviasse apenas dois nomes de seu estafe, com especificações de cargo, mas o número seria limitado a apenas uma pessoa credenciada para viajar como coach para competição esportiva.
Medina argumentou que entre as funções de Yasmin como coach estão filmar suas competições e o desempenho de seus adversários, fazer análises e estatísticas a partir das imagens, além de um preparo mental para as provas, suporte nutricional e responsabilidade pelas logísticas de acomodação e deslocamento. "Ela tem funções, e o COB irá me prejudicar muito", declarou.
O Comitê Olímpico aprovou a ida de Andy King como seu técnico --ele acompanhou as últimas cinco competições do surfista. Originalmente, Gabriel havia credenciado seu padrasto, que foi também seu técnico durante toda a sua carreira até o fim de 2020, quando ele rompeu com a família por questões relacionadas ao seu casamento com Brunet.
"Não é pré-requisito ter formação acadêmica para integrar um estafe do surfe. Assim como o Charles não tinha formação nenhuma", alegou ele. "A Yasmin sempre foi minha primeira opção depois que parei de trabalhar com o Charles. Pensei no Andy se fossem duas vagas", completou.
Medina também comparou sua situação com a da surfista Tatiana Weston-Webb, que irá levar o marido, Jesse Mendes, como parte de seu estafe. Apesar de não ter nenhuma formação técnica, o companheiro da atleta tem uma carreira consolidada e já disputou etapas de elite do surfe mundial.
Para justificar o veto a Yasmin, o Comitê Olímpico Brasileiro alegou questões conceituais internas, preservação de imagem tanto do atleta quanto das instituições representadas e utilização de recurso das Loterias. Segundo a Folha de São Paulo, as reclamações de Medina não estão sendo bem vistas nem pelo COB nem pelos atletas.
O comitê, inclusive, espera que essa situação sirva de exemplo para que outros competidores não façam pedidos semelhantes.
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