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CRITICADO PELA SECOM

Marcelo Adnet quebra o silêncio e rebate governo Bolsonaro: 'Não força a barra'

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

O humorista Marcelo Adnet imitando o presidente Jair Bolsonaro

Marcelo Adnet imitando Jair Bolsonaro no quadro Sinta-se Em Casa; humorista foi criticado pelo governo

REDAÇÃO

Publicado em 5/9/2020 - 16h35

Criticado pelo perfil oficial da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e xingado por Mário Frias, secretário especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Adnet quebrou o silêncio e rebateu as publicações que condenaram a sua paródia. O humorista da Globo disse que a sátira não era uma crítica ao povo. "Não força a barra", escreveu ele no Twitter, em resposta ao órgão, no início da tarde deste sábado (5).

"Aos fatos: 1- [vocês] se elegeram sob a bandeira do fim do mimimi e do politicamente correto, mas não aguentam uma sátira que vem chorar em perfil oficial!", respondeu Adnet, que completa 39 anos de idade hoje.

"2 - A crítica não é ao povo, não força a barra. É ao governo federal que, em vez de trabalhar, prefere perseguir seus próprios cidadãos", defendeu o comediante.

Marcelo Adnet ainda retuitou comentários de páginas que criticavam o fato de o governo Bolsonaro se utilizar da conta oficial de uma de suas secretarias para falar mal do trabalho de um humorista. Em uma resposta ao influenciador Felipe Castanhari, o comandante do Sinta-se Em Casa ainda disse que estava recebendo ameaças de morte.

"Fazer comédia contra o poder é fácil! Basta pagar impostos que serão usados pra te atacar, perseguir e lidar com ameaças de morte na Justiça. Super democrático!", ironizou. Veja os posts abaixo:

Mário Frias x Marcelo Adnet

Após Marcelo Adnet fazer uma paródia da série Um Povo Heroico, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) publicou um longo texto criticando a imitação que o humorista fez de Mario Frias e exaltando os "brasileiros de bem", que entenderam a iniciativa. O secretário especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro é o rosto da campanha.

De acordo com a Secom, a série sobre o heroísmo de brasileiros foi feita porque "acreditamos que seria possível unir todo o país em torno de bons valores e de bons exemplos".

"Decidimos então fazer uma série única, sobre heróis brasileiros. Primeiramente, heróis anônimos; depois grandes heróis nacionais. Em comum, além da bravura de seus atos, o fato de serem amplamente desprezados", explica a secretaria.

"Começamos a série Um Povo Heroico dia 3, quando estreamos com um belo vídeo protagonizado pelo secretário de Cultura Mario Frias, que ajudou também com o roteiro e até na produção. Tudo feito em casa, sem custos adicionais, só com o amor e a competência de servidores dedicados", justica.

No vídeo, Frias faz um discurso patriota enquanto caminha pelo Museu do Senado, em Brasília. O secretário afirma que o objetivo da série é contar a história dos brasileiros, enquanto observa as obras de arte.

Na imitação feita por Adnet, o ator parece perdido em meio aos símbolos históricos do povo que vão surgindo nas imagens. "Descobriremos juntos, como heróis que somos, o que significa cada um desses símbolos da nossa cultura", ironizou o humorista.

Frias não gostou da piada. "Garoto frouxo e sem futuro. Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula", escreveu o secretário, irritado, ao postar um print de Adnet no vídeo que o imita. O ex-galã de Malhação também chamou o comediante de "bobão".

Neste sábado, no Twitter, o secretário voltou a se manifestar. "Chega a ser engraçado a quantidade de defensores do ódio do amor que vem aqui destilar sua infelicidade e frustração. Procurem uma vida pra vocês. Alguém pra amar e que suporte vocês. Sei que é difícil, mas Deus aceita vocês de volta! Amém", disse. Veja:

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