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ALVO VIRTUAL

Ludmilla adiou gravidez com Brunna por ataques racistas: 'Filho é ato de coragem'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Ludmilla e Brunna Gonçalves estão sentadas em um sofá e dão entrevista ao Fantástico

Ludmilla e Brunna Gonçalves em entrevista ao Fantástico deste domingo (3): processo demorado

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/12/2023 - 22h19

A cantora Ludmilla e a dançarina e empresária Brunna Gonçalves anunciaram em novembro que deram início ao processo da primeira gravidez. Para a funkeira, a gestação poderia ter acontecido antes, mas as duas tinham receio de colocar uma criança em um mundo tomado pelo ódio --ela é alvo frequente de ataques racistas nas redes sociais.

"Essa é a nossa conversa sempre, acho que por isso a gente adiou tanto de ter. Colocar um filho no mundo, hoje em dia, é um ato de coragem", discursou a cantora em entrevista a Maju Coutinho no Fantástico deste domingo (3).

"O mundo está muito cruel, a gente vê as coisas que acontecem, o que está acontecendo com a filha da Viih Tube [um internauta sugeriu que a bebê de sete meses fizesse uma cirurgia bariátrica]. São coisas muito cruéis, que a gente fica: 'Meu Deus, e quando for o nosso?'", questionou Brunna.

"Se já dói na gente agora, imagina [quando for com o filho]. Mas a gente está muito feliz, confiante agora, e estamos começando a tramar", adiantou Ludmilla, que vai doar o óvulo para a fertilização in vitro. Ele será fecundado, e Brunna será responsável pela gestação do embrião.

"A gente está no início de tudo, na fase dos exames. A gente fez um exame que pra ficar pronto demora quase dois meses, então é um processo longo. Mas a gente tá muito ansiosa", explicou Brunna.

Quando a gente foi na clínica fazer os primeiros exames, parecia que a gente já estava grávida. Porque teve que fazer ultrassom, pra ver se estava tudo certinho. Eu deitada na maca, falei: 'Daqui a pouco vai ser o nosso neném ali na tela'. Parece que eu já tô grávida, que eu vou parir aqui e agora.

Ludmilla perdeu a conta de ataques

Maju Coutinho, que também já foi alvo de racistas na internet, questionou Ludmilla sobre os ataques virtuais que ela recebe. "Você já parou pra contar quantos ataques racistas já foram?", perguntou a jornalista. A funkeira negou: "Não, porque são muitos, eu não consigo contar".

A âncora, então, quis saber como a artista lida com tanto ódio. "Nas primeiras vezes que aconteceu, doeu muito. Eu acho que eu não tinha maturidade nem entendimento suficiente para lidar com a situação. Agora, doeu porque sempre dói, mas agora estou mais forte, mais resistente, eu tenho uma equipe muito melhor perto de mim", afirmou Ludmilla.

"E a gente já está em contato com um delegado especializado nesse caso de crime racial, e a gente vai atrás disso. Eu falei pros meus advogados, para as pessoas que andam comigo: 'Gente, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida. Alguém tem que pagar por isso porque é crime'."

Silvana Oliveira, mãe da artista, revelou que também se machuca quando a filha é atacada. "Quando o racista ataca a Lud, ele não está atacando só a Lud. Ela não é sozinha, ela tem mãe, tem avó, tem irmãos, e a gente sofre muito com isso", ressaltou.

"Eu falo pra ela: 'Filha, para e pensa. Todas essas pessoas que estão te criticando já te elogiaram algum dia? Olha o tanto de coisa maravilhosa que você já fez! Você viu essas pessoas vindo te parabenizar? Não. Então por que você vai ligar pra tanto julgamento? Não deixa isso entrar na sua cabeça. Você é gigante, você é maior do que tudo isso'. Acho que é assim que ela vai se fortalecendo, né, meu amor?", encerrou a matriarca.


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