Leticia Cazarré relata desespero com parada cardíaca da filha: 'Bebê vai morrer'

Leticia Cazarré, mulher de Juliano Cazarré, deu detalhes sobre a parada cardíaca que atingiu a filha caçula em 11 de agosto de 2022. Maria Guilhermina foi diagnosticada com anomalia de Ebstein e permaneceu internada durante sete meses. Durante o período, o bebê sofreu risco de morte.

Leticia contou que o momento mais difícil da internação da caçula aconteceu na véspera do Dia dos Pais. Na data, Maria estava com a saturação baixa e precisou passar por um procedimento cirúrgico.

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"O procedimento ficou ótimo, a saturação subiu e voltou a mamar no mesmo dia", disse ela, em conversa com a revista Marie Claire. "À tarde, a frequência cardíaca começou a aumentar muito, chegou a 230 batimentos por minuto", continuou.

"Ela dormiu com a medicação, mas acordou 20 minutos depois, chorando, e vi ela estava ficando vermelha, roxa, o lábio começou a inchar e o olho começou a virar. Gritei pelos médicos", relembrou.

Maria passou por um choque anafilático e precisou tomar uma injeção de adrenalina. Médicos entubaram o bebê e, em seguida, o seu coração começou a parar. Leticia se recusou ao deixar o centro cirúrgico. "Falei: 'Eu já estou longe dos meus outros quatro filhos, aconteça o que acontecer quero ficar com ela aqui'".

Leticia e a equipe médica estavam em dúvida se Maria sobreviveria. A bióloga se apegou à fé para superar o momento. Após estabilizarem a respiração da criança com o auxílio de uma máquina, Leticia foi aconselhada a chamar seu marido. "Isso é o que acontece quando eles acham que o bebê vai morrer".

"A gente se despediu sem saber se ela iria sobreviver. O mais provável era que não. Ela ficou no centro cirúrgico das 22h às 4h", relembrou. "Pedi para me avisarem quando ela entrasse na UTI para que pudesse vê-la. Não sei o que passou na cabeça dela, mas em vez dela me acordar e dizer: 'Foi tudo bem', ela disse: O médico está te chamando na porta do centro cirúrgico".

Na hora pensei, 'ela não resistiu'. Subi os lances de casa com a perna tremendo. Era madrugada, sentei na escada e fiquei lá em choque. O médico apareceu e veio vindo perto de mim, me olhou e disse que nunca tinha me visto assim, eu sempre estava muito firme. Ele pegou no meu ombro e falou 'ela tá bem'. Amoleci e respirei fundo pela primeira vez.

Durante a parada cardíaca, Maria ficou sem oxigênio. Portanto, os riscos do bebê permanecer em estado vegetativo eram grandes. A filha caçula de Cazarré só acordou quatro dias após o procedimento cirúrgico. No início, ela só conseguia movimentar os olhos.

Maria Guilhermina nasceu em junho de 2022. Ela foi diagnosticada com anomalia de Ebstein, uma cardiopatia rara que causa a má formação de uma das válvulas do coração, a tricúspide. O distúrbio pode gerar problemas como arritmias e inchaços nas pernas.

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