INDEFERIDO
Reprodução Record / Reprodução RedeTV!
Xuxa processa Sikêra Jr. após ser acusada de pedofilia; liminar da apresentadora foi rejeitada pela Justiça
Em despacho liberado no último dia 18, a Justiça do Estado de São Paulo negou em primeira instância o pedido de Xuxa Meneghel para tirar do ar o Alerta Nacional, de Sikêra Jr., após ser chamada de pedófila pelo apresentador no programa da RedeTV!. O juiz César Peixoto entendeu que a liminar não continha argumentos suficientes para banir o noticiário.
O magistrado argumentou que a solicitação extrapola os limites da liberdade de expressão e pode configurar censura. Segundo documentos obtidos com exclusividade pelo Notícias da TV, houve um exagero na forma como o caso passou a ser tratado na mídia.
"Processe-se o recurso, sem efeito suspensivo, diante da ausência de plausibilidade dos argumentos articulados, sobretudo porque eventual exagero do conteúdo das informações/reportagens dependeu de avaliação futura e mais aprofundada, sem embargo da possibilidade, em tese, da retirada do programa do ar, sob pena de censura prévia", diz um trecho da decisão.
O juiz relator também vetou o pedido da apresentadora para que o caso passe a correr em segredo de Justiça. "Indefiro o segredo de Justiça, porque a hipótese seguiu a regra da publicidade ampla inexistindo qualquer tipo de constrangimento à exposição."
Xuxa Meneghel recorreu da decisão no início da noite de quinta-feira (19).
Após as acusações de Sikêra Jr., a rainha dos baixinhos pediu na Justiça a cassação do título de jornalista do apresentador, bem como sua demissão da RedeTV!, e uma indenização de R$ 500 mil --que ela pretende doar a instituições de caridade.
A ação foi protocolada na Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, em São Paulo, em 27 de outubro, e a apresentadora da Record pediu tutela de urgência ao caso, pois alega que o rival oferece riscos à sociedade.
Nesta sexta-feira (20), Xuxa Meneghel fez um desabafo no Instagram sobre as críticas com as quais tem lidado nas últimas semanas, desde que começou a ser alvo dos ataques de Sikêra.
Ela compartilhou um vídeo do fã Henrique, feliz por ter ganhado de presente sua biografia, Memórias, e escreveu:
"Nesses dias eu tenho recebido muitas críticas, muitas delas infundadas, criadas porque eu não concordo com as atitudes de alguns políticos, porque eu não concordo com as pessoas destilando o ódio em nome de Deus e da família, críticas por estar me protegendo de ataques. Mas aí vejo essa imagem do Henrique e meu coração se enche de gratidão".
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Os ataques a Xuxa Meneghel começaram depois que ela se revoltou ao tomar conhecimento de um vídeo que o apresentador exibiu em seu programa, no qual aparecia um homem estuprando uma égua. Sikêra ainda fez graça com a situação e ainda convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo.
Xuxa se manifestou nas redes sociais, e Sikêra iniciou os ataques. A chamou de pedófila, usando como argumento o fato de a loira ter atuado no filme Amor Estranho Amor (1982), e a acusou de fazer apologia às drogas, por uma vez ela ter dito em entrevista que sua mãe, dona Alda Meneghel (1937-2018), fazia uso de maconha medicinal para amenizar sintomas de sua doença degenerativa.
Sikêra também afirmou que Xuxa incentiva as crianças a "safadeza, putaria e suruba" por ter lançado recentemente o livro Maya, o Bebê Arco-Íris, que conta a história de uma garotinha que tem duas mães.
Diante das acusações, a apresentadora levou o caso à Justiça e alega que "o conteúdo exibido e prolatado pelo requerido é calunioso". Xuxa afirma que os comentários do funcionário da RedeTV! "não se tratam de liberdade de expressão, mas de abuso de direito".
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