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FIM DA LINHA

Guilherme de Pádua morre sem pagar R$ 480 mil por matar Daniella Perez; entenda

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Guilherme de Pádua com uma camisa verde em um vídeo postado em seu canal no YouTube

Guilherme de Pádua morre após infarto: não pagou indenização da Justiça por ter matado Daniella Perez

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 7/11/2022 - 12h42

Morto após sofrer um infarto fulminante em casa, na noite do último domingo, (6), Guilherme de Pádua não pagou o valor de R$ 480 mil, determinado pela Justiça a ele e a sua ex-mulher, Paula Thomaz, como indenização por terem assassinado Daniella Perez (1970-1992). A quantia deveria ter sido paga para a autora Gloria Perez, que entrou com a ação ainda nos anos 1990. A última confirmação da sentença aconteceu em janeiro deste ano.

O Notícias da TV teve acesso aos autos do processo. A ação foi protocolada em 2005 e decidida em 2017. Gloria pedia o cumprimento de sentença por danos morais de uma vitória judicial que havia obtido contra os assassinos em 2002. Inicialmente, a ação foi analisada pela 7ª Câmara Cível do Rio, sob a relatoria do desembargador Paulo Gustavo Horta.

O magistrado deu ganho de causa para Gloria, condenando Pádua e Paula a pagarem definitivamente 500 salários mínimos (equivalente a R$ 480 mil). O valor cresce conforme correções monetárias e de inflação. 

Após a derrota, Paula Thomaz ajuizou ação de autoinsolvência, com a alegação de que não possuía patrimônio para saldar a dívida. Diante do caso, a Justiça acatou inicialmente o pedido de Paula e reconheceu a falta de dinheiro. Mas a autora de novelas não deixou de lutar. Gloria Perez entrou com um novo processo e conseguiu, na 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, no fim de 2021, uma decisão de execução da dívida.

A Justiça mandou que fosse penhorado um apartamento no nome do atual companheiro de Paula Thomaz, Sérgio Rodrigues Peixoto, casado com ela desde 2001. A execução determinou que o valor da indenização fosse levantado através da venda do imóvel por penhora judicial, com base numa interpretação reconhecida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Paula e Peixoto recorreram da decisão em segunda instância e tentam impedir a perda do apartamento. Ainda não há previsão de julgamento do mérito.

Guilherme de Pádua também tentou impedir a cobrança do valor ao alegar perseguição e falta de motivos para tal. 

A condenação se deu por dois pontos. Gloria pediu pagamento por danos morais pela morte da filha e também por calúnias que Paula e Pádua cometeram sobre o caso, que ganharam as manchetes dos jornais. O segundo ponto foi um precedente inédito. 

Gloria pediu uma espécie de reembolso dos valores que pagou pelo velório e enterro de Daniella Perez. A autora somou também o valor de US$ 6 mil (R$ 30,5 mil) que Daniella tinha em sua posse no momento da morte --dinheiro que nunca foi encontrado.

O advogado Camilo Silva, ouvido pelo Notícias da TV, analisou a situação e afirmou que a dívida judicial de Pádua deverá ser quitada por familiares ou pela viúva dele, Juliana Lacerda. "Se ele não tem testamento protocolado em cartório, o normal é que a sua mulher atual ou familiares próximos precisem honrar esta determinação", comentou. 

Morte de Guilherme de Pádua

Condenado pelo assassinato de Daniella Perez, Guilherme de Pádua sofreu um infarto na noite de domingo. A informação foi confirmada pelo pastor Márcio Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha, congregação na qual o ex-ator atuava como pastor em Belo Horizonte, sua cidade natal.

Pádua cumpriu pena pela morte da filha de Gloria Perez durante sete anos; foi solto por bom comportamento em 1999, apenas dois anos após o julgamento. Ele havia sido preso logo após o crime, em 1992, com a então mulher Paula Thomaz, sua cúmplice no crime.

Após ser liberado, Pádua passou a atuar como pastor e adotou um estilo de vida mais discreto. O nome do ex-ator voltou aos holofotes com o lançamento da série documental Pacto Brutal (2022), na HBO Max.

Na época, o condenado chegou a fazer um vídeo falando sobre seu arrependimento e defendeu que poderia, sim, atuar como pastor apesar do crime que cometeu.


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