PATRIMÔNIO
DIVULGAÇÃO/RECORD
Gugu Liberato no palco de seu programa na Record; apresentador levou calote de construtora
Gugu Liberato (1959-2019) deixou cerca de R$ 1 bilhão de herança para seus herdeiros e parentes, mas mesmo assim seu espólio, administrado por Aparecida Liberato, ainda briga na Justiça para tentar reaver os R$ 100 mil que uma construtora deu de calote no apresentador em 2017, dois anos antes de sua trágica morte.
A causa, na verdade, já está ganha. A construtora Esser reconheceu em juízo que deve essa importância ao apresentador. O problema é que, desde junho de 2019, quando Gugu ainda estava vivo, a construtora tem alegado falta de recursos para honrar o pagamento. Para agravar a situação, entrou em processo de recuperação judicial em abril deste ano e, desde então, vem tentado anular a dívida na Justiça.
Em 2017, Gugu comprou 81 salas comerciais no edifício Alpha Premium - Rio Negro Business Center, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. Por alguma razão não citada no processo, o apresentador fez um acordo com a Esser, firmado em contrato, onde se comprometia a pagar duas taxas obrigatórias, os gravames e os laudêmios, que juntas somavam R$ 94.835,86.
Essas taxas, no entanto, são de responsabilidade da construtora. E no acordo, o apresentador se prontificou a pagá-las, mas pediu reembolso à Esser, que em momento algum se opôs. A dívida foi parcelada em 15 vezes, com o vencimento da primeira marcado para 5 de janeiro de 2018. A construtora não pagou nenhuma, e Gugu cobrou o calote na Justiça.
Em setembro de 2019, a Esser respondeu à Justiça que sua saúde financeira estava comprometida, motivo pelo qual não efetuou o pagamento da dívida com Gugu, mas assumiu a inadimplência. No entanto, afirmou que os valores apontados pelo apresentador na época não condiziam com a realidade e pediu um prazo para apresentar as provas. Além disso, também apelou para a concessão da justiça gratuita.
Três dias antes da morte de Gugu, em 18 de novembro de 2019, seus advogados fizeram um novo apelo à Justiça, pedindo autorização para levantar todos os valores presentes em contas bancárias vinculadas à construtora --na intenção de identificar a existência de dinheiro em caixa-- e também bens da Esser que pudessem ser penhorados. A solicitação foi acatada somente em janeiro deste ano.
A defesa de Gugu apresentou uma relação de propriedades que constam nos nomes de Alain e Raphael Horn, donos da Esser, passíveis de penhora. Mas, em 30 de abril, a construtora teve deferido seu pedido de recuperação judicial e alegou, em 6 de maio, que não poderia efetuar o pagamento, pois estaria cometendo um crime falimentar.
A construtora, no entanto, ainda não faliu. O Notícias da TV teve acesso a todos os processos movidos contra a empresa, que somam quase R$ 1 bilhão. A reportagem procurou a Esser na última sexta-feira (14) para se posicionar sobre a dívida com o espólio de Gugu Liberato, mas não conseguiu falar com ninguém na empresa.
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