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DIG DUTRA

Ex-Zorra Total se reinventa na pandemia e vira pintora com quadros de até R$ 5 mil

DIVULGAÇÃO E REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem de fotos de Dig Dutra como Abadia para o Zorra Total (esquerda) e em publicidade para seu Instagram (direita)

Dig Dutra como Maria da Abadia na época do Zorra Total (esq.) e atualmente; atriz virou pintora

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 2/5/2021 - 7h17

Dig Dutra, 45 anos, se reinventou na pandemia. A artista, conhecida por ter vivido a personagem Maria da Abadia no Zorra Total (1999-2015), viu sua agenda como atriz ser paralisada por causa da Covid-19. O momento de reclusão da quarentena serviu para ela estudar. A paixão pela pintura e pela ilustração pôde, enfim, ser aprimorada. O talento virou fonte de renda. Hoje, seus quadros são vendidos por até R$ 5 mil.

Dig ganhou fama no humorístico da Globo como Abadia, a noiva de Patrick (Rodrigo Fagundes). Mas seu currículo é extenso. No último ano, por exemplo, conseguiu o feito de estar no ar com quatro produções diferentes. Ela pôde ser vista nas reprises do Zorra Total, no Viva, e das novelas Malhação: Viva a Diferença (2017), A Força do Querer (2017), na Globo, e Floribella (2005), na Band.

"Adoro rever, me lembrar das gravações e do convívio com os colegas. Ainda mais sendo personagens tão diferentes. Sei o quanto trabalhei para cada papel, e cada um deles me realizou de alguma forma. A Rochelle [A Força do Querer] me possibilitou levar ao público assuntos de extrema importância, como a diversidade e a tolerância. Já a Bruxa Mega, de Floribella, era uma vilã deliciosa do universo infantil. Duas personagens que eu adorei fazer", lembra.

Os novos projetos na dramaturgia ficaram para depois da Covid-19, mas ela não lamenta a situação. "A pandemia bagunçou completamente a minha agenda e a minha rotina. Mas não acho que o fato de ter sido obrigada a mudar os planos tenha sido algo ruim", diz para o Notícias da TV.

Talita Younan (K1), Lúcio Mauro Filho (Roney) e Dig Dutra (Kátia) nos bastidores de Malhação (Foto: Divulgação)

"Tudo o que nos tira da zona de conforto acaba sendo produtivo de alguma forma, ainda mais para pessoas inquietas como eu. Alguns trabalhos foram adiados pela inviabilidade de realização durante a pandemia. Mas estou tranquila em relação a isso", completa.

O momento produtivo de Dig resultou em uma exposição de quadros. A atriz, que já tinha gosto pelos desenhos, pincéis e tintas, se aprofundou nas artes plásticas. "Sempre tive talento para a pintura, mas não era a minha prioridade. A partir de 2019, quando lancei meu primeiro livro ilustrado, decidi investir nesse segmento e fiz vários cursos, inclusive em Portugal", detalha.

"Durante a pandemia, pude trabalhar bastante e já estou com uma exposição de quadros prontíssima para quando tudo passar. Comecei a pintar e a vender os quadros nesse período. É maravilhoso como a gente tem a capacidade de se reinventar. Basta saber usar as circunstâncias a nosso favor", analisa.

Dig tem o abstracionismo como estilo e fez de sua criatividade uma fonte de renda. "Eu transito por várias técnicas. Adoro aquarela, por exemplo. Mas o meu carro-chefe atual tem sido a tinta acrílica sobre tela. Meus quadros são abstratos, em sua grande maioria", explica. "[O valor] depende muito do tamanho da obra. Os mais vendidos são em torno de R$ 5 mil", celebra.

Com a flexibilização da quarentena, Dig já retoma alguns projetos como atriz. Em breve, ela começa a ensaiar o espetáculo Inesgotável, no Rio de Janeiro. "Não vejo a hora de voltar aos palcos", finaliza.

Veja obras de Dig Dutra:

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