Eduardo Leite não aceitava sexualidade até os 25 anos: 'Primeira vez com um cara'

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul de 36 anos, demorou para aceitar a si mesmo por conta da "criação" que teve. Segundo ele, foi uma grande luta passar por cima dos princípios de sua família para enfim colocar sua felicidade em primeiro plano. A demora para falar que é gay lhe rendeu críticas, mas seu período de descoberta ocorreu apenas aos 25 anos.

"Eu, que sou gay, foi difícil me aceitar, por conta da criação que eu tive. [...] Uns dizem: 'Ah, mas deveria ter falado no início'. A primeira vez que eu fiquei com um cara foi com 25 anos de idade, eu estava me descobrindo. Fui criado em uma cultura na qual acreditei que isso era errado", lamentou ele em entrevista a Rafinha Bastos no podcast Mais Que 8 Minutos, no YouTube.

Ele explicou o motivo de não pautar a luta pela causa LGBTQIA+ em sua campanha política: "Não falo sobre isso. A minha vida pessoal não é um assunto".

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Assim que afirmou sua sexualidade, o governador sofreu críticas por ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), que proferiu palavras homofóbicas em situações de sua campanha. Jean Wyllys (PT) foi um dos políticos que o atacou, mas Leite disse sentir solidariedade com a luta do opositor.

"O Jean foi um dos mais destacados da crítica, mas temos sempre que entender a dor do outro. Discordo do ponto de vista político, mas na sua luta por direitos, ele está nesta estrada há muito tempo e enfrentou tempos ainda mais difíceis. Quando vê outro governador, talvez dê um sentimento de 'pô, eu estou aqui há muito mais tempo e chega esse cara, com o caminho que a gente abriu'", opinou ele.

Confira abaixo a entrevista completa: