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DEU R$ 7 MIL

Diego Alemão reúne testemunhas para provar que sofreu extorsão de motorista

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Diego Gasques ao lado de seu advogado, Jeffrey Chiquini, em entrevista coletiva, em Curitiba,  Paraná, em 20 de abril de 2020

Diego Gasques ao lado de seu advogado, Jeffrey Chiquini, em entrevista coletiva, em Curitiba, na segunda-feira (20)

ELBA KRISS

Publicado em 21/4/2020 - 18h38

Diego Gasques, conhecido como Alemão, registrou boletim de ocorrência contra Fábio Reis Rosário, motorista de aplicativo com o qual se envolveu em um acidente no sábado (18), em Curitiba, capital do Paraná. O vencedor do Big Brother Brasil 7 acusa o condutor de extorsão e reúne testemunhas para provar que transferiu R$ 7 mil para o homem sob ameaça.

O boletim de ocorrência foi registrado na Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) na segunda-feira (20). Em conversa com a imprensa local, Gasques deu detalhes da extorsão e assumiu a agressão contra a vítima.

"Agi de boa-fé. O cara, não contente, veio para cima de novo. Falou: 'Agora é o seguinte. Agora é R$ 5 mil '. Falei: 'Você quer R$ 5 mil, irmão?'. Abri a mão e mandei [um tapa]. Entendeu? Não acertei, mas mandei. O cara ainda tentou me extorquir", contou o ex-BBB.

O acidente de trânsito aconteceu por volta de 7h de sábado. Gasques bateu na traseira do veículo de Rosário, que estava com o carro parado esperando uma corrida. O homem afirmou que Alemão não quis que a polícia fosse chamada e o agrediu no rosto.

O empresário, por sua vez, diz que em negociação com o motorista deu R$ 3 mil para reparar a batida. No entanto, ao ser reconhecido como personalidade da mídia, o condutor teria exigido mais dinheiro. O artista, então, transferiu mais R$ 4 mil.

"Eu sou bem intempestivo, todo mundo já me conhece. Tentei ser legal, mas o cara me tirou do sério. A hora que eu vi que não tinha fim, falei: 'Não vou mandar mais dinheiro para ele, vou mandar uma mãozada que é o que está merecendo'", assumiu.

Quando os oficiais chegaram ao local da batida, o famoso foi levado à delegacia e preso por agressão, desacato policial e por apresentar sinais de embriaguez. Ele passou uma noite na prisão. Saiu no domingo (19) após pagar fiança de R$ 7 mil.

Ao Notícias da TV, Jeffrey Chiquini, advogado de Gasques, afirma que seu cliente não estava embriagado e confirmou ter duas testemunhas a favor do ex-BBB. Elas teriam se apresentado voluntariamente após presenciar a batida e a discussão.

"O cara começou a pedir mais e mais. Falou que ia chamar a imprensa e começou a extorquir. Foi aí que Diego se revoltou e virou briga. Não houve briga rápida. Demorou para acontecer aquilo. Vários outros motoristas de Uber estão mandando mensagens para nós, pois conhecem ele [Rosário]", relata.

"Quando os policiais chegaram, viram Diego muito nervoso e o algemaram. O cara que foi extorquido se tornou embriagado e foi preso. Fantasiaram uma situação e a verdade está aparecendo. Tenho duas testemunhas", adianta. Segundo ele, um morador da região e outro motorista se ofereceram para depor a favor do ex-BBB.

A defesa de Alemão emitiu um comunicado sobre o caso. Chiquini ressalta que o condutor de aplicativo não apresentou orçamento sobre o reparo de seu veículo e que tem se aproveitado da situação para aparecer na televisão. Além disso, aponta que Rosário foi detido em março último com maconha em seu carro de trabalho. Leia o comunicado na íntegra:

"Enquanto aguardávamos na delegacia a apreciação do pedido de liberdade, a suposta 'vítima' convocava, em pleno domingo, coletiva de imprensa.

Aquele que se disse 'vítima', circulava livremente com seu veículo (com meros arranhões no para-choque) e valores na conta bancária bastante superiores ao prejuízo material obtido (pelo menos três vezes).

No mês de março, Fábio (aqui conhecido como motorista do Uber) disse ter sido 'vítima', quando, após ser parado em uma blitz, policiais militares encontraram 'maconha' no porta-luvas do seu veículo que utiliza para trabalhar. Questionado pelos policiais, disse que 'algum passageiro havia esquecido a substância entorpecente em seu carro'. Foi, então, preso em flagrante e conduzido à delegacia.

Hoje, deu inúmeras entrevistas, inclusive em programas de 'fofocas', afirmando ser uma 'vítima'. Disse ter sido agredido, mas não apresentou nenhuma lesão, bem como ainda não apresentou o orçamento do conserto do seu carro.

Se o motorista de aplicativo estivesse realmente de boa-fé, estaria preocupado em usar o valor recebido para consertar seu veículo e voltar ao trabalho, ao invés de passar o dia fazendo links com redes televisivas. Não seja manipulado. A verdade começou aparecer.

Jeffrey Chiquini, advogado de Diego Gasques"

O outro lado

À reportagem, Edson Facchi, advogado de Fábio Reis Rosário, diz que ainda aguarda a notificação sobre a denúncia de extorsão e declara também ter testemunhas dos fatos a favor de seu cliente.

"É uma grande falácia. Isso [a extorsão] não aconteceu. Isso tudo vai ser provado. Se houver instauração de inquérito quanto a isso, a gente vai ter que tomar providências quanto a essa denunciação caluniosa que ele está fazendo", avisa.

Ele confirma que Rosário foi detido com droga em março último, e diz que a defesa da parte contrária tenta desviar o foco da situação. "É uma fumaça que estão fazendo. Não tem nada a ver com o caso. Meu cliente não tem condenação por posse de droga. Não tem sentença ainda", alega.

"Claro que isso está sendo usado para desvirtuar uma acusação séria contra o cliente dele. Meu cliente não tem nenhuma mácula, não tem passagem por estelionato ou extorsão", frisa.

Sobre os R$ 7 mil recebidos, Facchi confirma que o Rosário recebeu o dinheiro mediante conversa entre os dois e não por extorsão. "Foram pagos em um acordo. Quem quis pagar isso foi o Diego. Fábio não nega ter recebido o dinheiro, mas foi tudo dado voluntariamente por Diego Alemão", finaliza.

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