FIM TRÁGICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
A atriz Daniella Perez; ela foi assassinada por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz em 1992
Quase 30 anos após o assassinato de Daniella Perez (1970-1992), pessoas próximas à atriz ainda se culpam por não terem conseguido impedir o crime cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz. Para o psicólogo Christian Costa, o plano do casal não poderia ser impedido. "Se eles não matassem naquele dia, seria no dia seguinte, na semana seguinte ou no mês seguinte. Eles decidiram matar", explicou.
O especialista falou sobre o assunto durante uma live com Carla Albuquerque no canal Investigação Criminal, no YouTube. Enquanto analisava a atitude monstruosa de Pádua e Paula, a jornalista, que trabalhou com Daniella, disse que se sentiu impotente por não ter conseguido salvar a artista das mãos dos assassinos.
A ex-contratada da Globo relatou que a filha de Gloria Perez havia machucado o dedo antes de deixar a emissora no dia do crime. No entanto, nem o pequeno acidente foi capaz de livrá-la da emboscada de Guilherme e sua então mulher.
"Eu fiquei imaginando: 'Mas e se ela tivesse cortado mais o dedo?' Eu cheguei até a desejar que ela tivesse machucado muito, talvez se ela tivesse se machucado, a gente teria levado ela para o hospital e teria impossibilitado de ela sair sozinha com o carro. Mas, conversando, os profissionais me explicaram, até para acalmar minha ansiedade, eles me disseram que aquele ânimo dele já tinha sido deflagrado, dificilmente ele iria parar", disse Carla.
O especialista reforçou a fala da jornalista e explicou que, de fato, Pádua e Paula estavam focados em colocar fim à vida de Daniella, portanto, não deixariam de tentar em outros momentos caso não conseguissem concluir o crime naquele 28 de dezembro de 1992.
Exatamente, se eles não matassem naquele dia, seria no dia seguinte, na semana seguinte ou no mês seguinte. Eles decidiram matar. Todo crime tem um histórico, dentro do processo decisório, ele, homem, ela, mulher, e o indivíduo casal. Nós temos três narrativas: a percepção dele da realidade frente a Daniella, a percepção da mulher dele frente a Daniella, e temos a percepção dos dois juntos que é uma terceira percepção.
"São substâncias diferentes, que quando se unem formam uma terceira substância. É essa substância que é fatal, ele não matou isoladamente, e ela não matou isoladamente, eles mataram em conjunto", completou Costa.
Apesar de apenas Guilherme de Pádua e Paula Thomaz serem os verdadeiros culpados pela morte de Daniella Perez, não é difícil encontrar relatos de pessoas próximas que se sentem culpadas por não terem tido uma mínima atitude para salvar a atriz da morte brutal.
Stênio Garcia contracenou com Daniella em De Corpo e Alma (1992) e nutria um carinho especial por ela, já que os dois interpretavam pai e filha no folhetim. Recentemente, o veterano falou sobre o assassinato da jovem por meio de um comentário no Instagram e lamentou:
Até hoje isso me atordoa muito porque fiz o pai dela na ficção duas vezes. No dia do crime, gravamos o dia todo e saímos juntos. Eu, que estava correndo para ir viajar, pedi que a Dani desse autógrafos para as crianças. Se eu pudesse imaginar, eu teria evitado.
Alexandre Frota também demonstra sentir culpa por não ter assumido o papel de Bira na novela de Gloria Perez. Por não ter sido liberado para o trabalho, a vaga foi passada para de Pádua, que passou a contracenar com Daniella na trama em que os dois viviam um par romântico.
"O papel do Bira foi escrito pra mim, a Gloria escreveu pensando em mim. Eu não pude fazer porque não fui liberado pelo autor Carlos Lombardi da novela das 19h. Meu personagem também fazia muito sucesso na novela Perigosas Peruas. Era o Jaú, um personagem que se envolvia com a Sílvia Pfeifer, e o Carlos Lombardi não me liberou para que eu fizesse, mesmo o Roberto Talma, que foi o diretor-geral de Perigosas Peruas, e era o diretor em De Corpo e Alma no início, querendo que eu fosse para a novela das 20h", disse ao jornal Metrópoles.
Confira a live na íntegra:
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