EM DE CORPO E ALMA
REPRODUÇÃO/YOUTUBE
Alexandre Frota falou sobre a morte de Daniella Perez; a atriz foi vítima de Guilherme de Pádua
Alexandre Frota viveria o personagem Bira na novela De Corpo e Alma (1992), mas perdeu o papel para Guilherme de Pádua por não ter sido liberado a tempo. O deputado disse que provavelmente, se tivesse ficado com o trabalho, Daniella Perez (1970-1992) ainda estaria viva. "O destino seria outro completamente diferente, e nós poderíamos ter a Dani junto da família dela e casada com o Raul [Gazolla]", lamentou.
Em entrevista ao jornal Metrópoles, o ex-ator explicou que Gloria Perez, mãe da intérprete, havia idealizado sua participação na trama. Tudo mudou quando outro diretor barrou sua entrada no elenco.
"O papel do Bira foi escrito pra mim, a Gloria escreveu pensando em mim. Eu não pude fazer porque não fui liberado pelo autor Carlos Lombardi da novela das 19h. Meu personagem também fazia muito sucesso na novela Perigosas Peruas. Era o Jaú, um personagem que se envolvia com a Sílvia Pfeifer, e o Carlos Lombardi não me liberou para que eu fizesse, mesmo o Roberto Talma, que foi o diretor-geral de Perigosas Peruas, e era o diretor em De Corpo e Alma no início, querendo que eu fosse para a novela das 20h", lembrou.
Eu poderia ter feito caso tivessem me liberado, como não me liberaram não deu tempo, acabaram colocando, infelizmente, o Guilherme de Pádua. Caso eu tivesse feito a novela, o destino seria outro completamente diferente, e nós poderíamos ter a Dani junto a família dela e casada com o Raul.
O deputado federal ainda fez questão de defender Gloria ao afirmar que ela não teve responsabilidade nenhuma pela escalação de Guilherme para seu lugar e reforçou ainda que a autora não poderia adivinhar que o substituto seria o responsável por colocar fim à vida de Daniella.
"A Glória não se culpa e nem poderá ser culpada de nada, muito pelo contrário. Nem ela e nem ninguém. Foi o destino que fez com o Guilherme fosse escolhido dentro da TV Globo. Todo o processo da Gloria dentro desse assassinato é incrível, ela foi muito guerreira, muito lutadora, ela foi uma mãe coragem".
Frota também falou sobre sua relação com Raul Gazolla, viúvo de Daniella, e revelou ter feito o possível para ajudá-lo no processo de luto:
Depois de tudo eu consegui trazer o Raul para morar em São Paulo, fiquei com ele um ano inteiro. Nós produzimos um espetáculo, o Splish Splash. Consegui colocar ele no jiu jitsu. Eu fiquei com ele porque as coisas ficaram difíceis. Fiquei 24 horas com ele, trabalhando e [o] ajudando a sair dessa situação toda que a gente nunca achou que pudesse acontecer.
Após o lançamento do documentário Pacto Brutal, da HBO Max, sobre o assassinato de Daniella e os bastidores dos julgamentos de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, Frota reviveu detalhes da época sombria.
"Eu fiquei muito chocado de ter assistido aos cinco episódios. Mesmo tendo vivido aquilo tudo, foi muito forte para mim. Eu liguei para o Gazolla, conversei com ele, enfim, foi um pacto brutal", arrematou ele.
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