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Criticada por apoiar Bolsonaro, Cassia Kis é dispensada pela Globo após 34 anos

Reprodução/YouTube

Cassia Kis, de blusa branca e blazer preto, com óculos pretos diante de um fundo preto

Cassia Kis defende projeto de lei que criminaliza aborto em vídeo de canal católico no YouTube

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/7/2024 - 17h10

Criticada pelo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cassia Kis não faz mais parte do elenco fixo da Globo. Como parte da nova política da emissora, que visa reduzir custos, a atriz de 66 anos não teve o seu acordo renovado. Ela, que estava há 34 anos na líder de audiência, ainda poderá ser contratada por obra.

A informação foi antecipada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo Notícias da TV com a Globo. O papel mais recente dela havia sido a executiva Cidália Bastos em Travessia (2022), de Gloria Perez.

Cassia já havia se referido a si mesmo como "atriz desempregada" ao agradecer Aguinaldo Silva por apontá-la como a "atriz perfeita" para interpretar Odete Roitman no remake de Vale Tudo.

A intérprete estreou na Globo em Cara a Cara (1979), emendando trabalhos até se transferir para Manchete, onde interpretou Maria Marruá na primeira versão de Pantanal (1989). Em 1990, ela voltou à rede dos Marinho na pele da Ana Lúcia de Barriga de Aluguel (1990).

Como atriz, Cassia sempre colecionou elogios e ganhou diversos prêmios, ficando conhecida do grande público justamente por antagonistas como a Adma Guerreiro, de Porto dos Milagres (2001), e a Melissa, de Amor Eterno Amor (2012).

Entretanto, nos últimos anos, a veterana ganhou notoriedade também pelas posições conservadoras sobre a agenda de costumes e a proximidade com a extrema direita.

Ela foi uma das principais apoiadoras de Bolsonaro dentro da classe artística e também participou das manifestações antidemocráticas, que questionavam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições gerais de 2022.

Cassia ainda foi criticada nas redes sociais por se posicionar a favor do PL 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.

Em 1997, antes de se converter ao catolicismo, a artista tinha aparecido em uma capa da revista Veja ao lado de outras mulheres notáveis --como Hebe Camargo (1929-2012)-- que haviam abortado.


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