VISÃO MACHISTA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Nathalia Dill em foto publicada no Instagram: atriz opinou sobre a criminalização do aborto
Nathalia Dill fez uma reflexão sobre a criminalização do aborto no Brasil. Para a atriz, o fato de o país legalizar a interrupção da gestação em casos de estupros mas impedir que uma mulher possa escolher estar grávida ou não após uma relação consentida mostra uma visão machista da sociedade.
"Se a mulher foi estuprada pode abortar, mas se teve prazer na relação não pode? A criminalização do aborto é muito mais sobre o prazer da mulher do que sobre o feto em si", disse a artista, em entrevista para o jornal O Globo.
Mãe de Eva, de nove meses, a atriz passou recentemente pelo processo da gestação e relatou uma visão realista da situação: "Passei pela gravidez e senti a complexidade do processo, e acho que obrigar uma mulher a seguir uma gestação pode ser uma tortura tremenda", completou.
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Mãe de primeira viagem, a artista acompanha de perto os passos da pequena Eva. Em julho, Nathalia levou a filha à praia pela primeira vez e chamou a atenção dos seus seguidores por mostrar seu corpo real no Instagram:
Estava tão preocupada com as tralhas que teria que levar, se a Eva ia dormir no caminho ou se o sol estava quente demais que não pensei se meu corpo estava ok ou não para ir à praia. E ainda bem que não pensei, né? Isso não não deveria ser uma questão para ninguém.
Nathalia reforça que não se incomoda com sua atual figura. Ela apontou que está com o braço mais flácido e barriga mais aparente, mas nada que a faça perder o sono. "Não sei se quero ficar apegada ao corpo antigo. É um novo corpo", acrescentou.
A artista acrescentou que, antes de dar à luz, tinha a fantasia da mulher que saía perfeita da maternidade, mas sua expectativa caiu por terra com a realidade: "O meu pós-parto foi muito difícil. Tive laceração e precisei levar pontos. Fiquei duas semanas com dor", comentou.
O nascimento da filha também mudou a relação de Nathalia com o marido Pedro, que estão juntos desde 2018. "A sociedade não acolhe as puérperas. Em determinado momento, eu e Pedro nos olhamos e falamos: Cara, acho que acabou a nossa vida", relembrou.
O momento conturbado, no entanto, passou com o crescimento da bebê. Eva conquistou mais autonomia e agora passa os domingos com os avôs maternos. "Quando estávamos no meio do furacão, não imaginávamos que seria possível voltar a ter momentos a dois", finalizou Nathalia.
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