CASO JUDICIAL
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Cassia Kis como Cidália em Travessia; atriz vira oficialmente ré por falas homofóbicas
A atriz Cassia Kis virou ré na Justiça por conta de falas homofóbicas na entrevista à jornalista Leda Nagle. A intérprete de Cidália em Travessia ainda militou contra a legalização do aborto e criticou até mesmo o uso de métodos contraceptivos. O pedido foi protocolado no início do mês pelo Grupo Arco-Íris, movimento que defende causas da comunidade LGBTQIA+.
O Notícias da TV teve acesso ao protocolo de ação civil pública, oficializado nesta quinta (17). O foco do caso será na indenização por danos morais. Entretanto, o Ministério Público e o grupo querem que atriz também seja condenada a se retratar publicamente. O caso não tem previsão para apreciação.
Caso seja condenada, Cassia pode pagar R$ 250 mil de multa. O valor pode variar a depender do tipo de condenação. A atriz da Globo deverá ser intimada nos próximos dias para se defender da acusação através de seus advogados.
A artista chegou a manifestar publicamente sobre o assunto em um artigo na Folha de S. Paulo no último domingo (13). Cassia disse que é vítima de uma perseguição por se posicionar politicamente a favor do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o grupo que entrou com a ação, caso a Justiça conceda a indenização de R$ 250 mil, o dinheiro será investido "para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico".
Na entrevista dada para Leda Nagle, Cassia comentou que era contra famílias formadas por dois homens ou duas mulheres. Para a atriz de 67 anos, o fato é algo inaceitável. Ela acredita que nenhuma criança terá um bom desenvolvimento se crescer ao redor com essa realidade.
"Não existe mais homem e mulher, mas mulher com mulher e homem com homem, e homem com homem não dá filho, nem mulher com mulher. Como a gente vai fazer? Isso é muito grave e as pessoas não estão discutindo isto", soltou ela.
A artista ainda promoveu uma fake news muito usada na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) --em quem declarou voto. "Essa ideologia de gênero já está na escola. Eu recebo imagens inacreditáveis de crianças se beijando. Duas meninas se beijando dentro de uma escola, onde há um espaço chamado 'beijódromo'. O que está por trás? Destruir a família!", afirmou.
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