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ATACADA POR COLEGAS

Cassia Kis denuncia assédio moral e nega ser homofóbica: ‘Sou idiotofóbica’

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Cassia Kis com expressão séria, óculos e blusa preta de gola alta em cena como Cidália na novela Travessia

Cassia Kis como Cidália em Travessia; atriz se defendeu de denúncias das quais tem sido alvo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/11/2022 - 9h01
Atualizado em 13/11/2022 - 9h12

Após atacar jornalistas, fazer declarações contra a população LGBT+, militar contra aborto e anticoncepcionais e comparecer a manifestações golpistas, Cassia Kis publicou um texto neste domingo (13), na Folha de S.Paulo, para se defender. No espaço concedido a ela pelo jornal, a atriz afirmou que tem sido alvo de mentiras, de assédio moral e muita pressão. Ela afirmou: "Não sou nem nunca fui homofóbica; sou no máximo mentirofóbica e idiotofóbica".

A atriz começou seu relato dizendo que há muitas pessoas falando mal dela nos últimos dias, inclusive colegas de profissão que sempre respeitou. Ela declarou que, independentemente de serem pessoas que acreditam no que dizem, maliciosas ou que se deixaram levar por discursos alheios, estão todas perdoadas. 

No entanto, a Cidália de Travessia deixou claro seu remorso em relação às críticas de atores, atrizes, produtoras, jornalistas, veículos de imprensa e de parte do público que a acompanha na TV.

No último dia 4, Cassia foi denunciada no compliance da Globo por 15 artistas, que citaram situações de homofobia dentro e fora do ambiente de trabalho, além de comportamento inadequado nos bastidores de Travessia e da série Desalma, do Globoplay. Em 8 de novembro, a lista de denúncias cresceu: cinco jornalistas fizeram reclamações formais na emissora contra ataques da atriz à imprensa pelo WhatsApp.

"Embora eu não deseje o mal de ninguém, nem por isso aceito as pechas equivocadas que alguns têm lançado sobre mim. E por quê? Porque aprendi o valor de uma boa reputação, construída com trabalho e amor ao longo de muitos anos. E também porque aprendi que com a verdade não se brinca. Portanto, não posso simplesmente dar de ombros perante os murmúrios que atingem tanto a pessoa como a artista", disse. 

Ela, então, afirmou estar sofrendo de "um verdadeiro assédio moral" em relação às acusações que tem recebido.

"Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria "envergonhando" a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei. A pressão sobre mim —verdadeiro assédio moral— ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de 'homofobia' por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro. Não, meus caros, não sou nem nunca fui homofóbica; sou no máximo mentirofóbica e idiotofóbica".

A homofobia à que Cassia se refere diz respeito a declarações dadas por ela durante live com Leda Nagle em 27 de outubro, na qual disse: "Não existe mais homem e mulher, mas mulher com mulher e homem com homem, e homem com homem não dá filho, nem mulher com mulher. Como a gente vai fazer?". Tais falas geraram também uma denúncia no Ministério Público do Rio de Janeiro contra a atriz. 

O Grupo Arco-Íris, movimento ativista que defende causas LGBTQIA+, também  protocolou na Justiça do Rio de Janeiro uma ação contra a atriz sob a alegação de que ela foi homofóbica --eles pedem R$ 250 mil de multa e uma retratação pública.

Em seu depoimento à Folha, Cassia entrou ainda na questão religiosa. Católica fervorosa, ela levou terços e imagens de santo ao comparecer a manifestações bolsonaristas, que são antidemocráticas e pedem intervenção federal. Ela entende, por sua vez, que seus detratores estão politizando sua fé.

"Ocorre que a Cássia que reza é a mesma cidadã que tem o direito constitucional de manifestar suas preferências políticas. Uma só pessoa, duas coisas diferentes", comentou. 

Ao final do relato, a atriz afirmou que tem encontrado muitos brasileiros nas ruas que estão comovidos com o que ela tem passado e com seu proceder. "A solidariedade desses desconhecidos supre a falta de apoio de pessoas que, me conhecendo há tempos e tendo partilhado comigo ótimos momentos, tanto na vida pessoal como na profissional, não levantam a voz em minha defesa, talvez por medo de serem mal vistas. É a vida. A vida como ela é na realidade, não como é pintada nos contos de fadas", afirmou.

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