NATACHA HORANA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Natacha Horana em publicidade para seu Instagram; ex-bailarina do Faustão presa em suposta festa ilegal em 2020
Um ano após ser presa em uma suposta festa ilegal em Balneário Camboriú, Natacha Horana está aliviada. A ex-bailarina do Faustão se livrou do inquérito em que estava envolvida no Ministério Público de Santa Catarina. O promotor de Justiça responsável pelo caso reconheceu que a modelo de 29 anos não cometeu qualquer infração e pediu o arquivamento do caso. "Agora posso mostrar que não estava fazendo nada de errado", declara ela.
Em 20 de julho de 2020, a também atriz foi detida após a polícia local ter sido chamada por causa de uma suposta festa clandestina na pandemia. Ela teria desacatado as autoridades.
Em vídeos que circularam nas redes sociais, Natacha aparece em um quarto do imóvel onde acontecia a presumida ilegalidade. Ela filmou a ação da blitz, inclusive, sua ida à delegacia em um camburão. Na ocasião, negou qualquer desobediência e denunciou abuso por parte dos oficiais.
Ao Notícias da TV, a influenciadora digital disse estar satisfeita com o pedido de arquivamento do inquérito. "Me senti aliviada depois desse processo. Fico muito feliz que, mesmo com a demora, eu posso mostrar que não estava cometendo nada de errado. No dia, ao invés de me sentir calma e segura na presença das autoridades, me deixaram amedrontada. O juiz já falou que eu não estava aglomerando, que não cometi crime nenhum", enfatiza.
À reportagem, Daniel Bialski, advogado da profissional, considerou a detenção de sua cliente arbitrária. Segundo ele, as imagens que circularam nas redes sociais evidenciaram o exagero dos agentes públicos, pois, na ocasião, pequenas reuniões não estavam proibidas na cidade.
De acordo com o defensor da artista, o promotor do caso concluiu que não há provas de que a dançarina estivesse de fato em uma aglomeração. Em comunicado oficial, a defesa da modelo celebrou o desfecho do caso e anunciou que a atriz irá atrás da punição aos que a expuseram ao vexame.
"Felizmente, apesar da delonga, se reconheceu que Natacha não cometeu ilicitude alguma. Na época, solicitamos a abertura de apurações junto aos órgãos correcionais, as quais estão em andamento. Esperamos que aqueles que efetivamente abusaram do poder sejam punidos. Nossa cliente, assustada --e as imagens comprovam isso-- apenas filmou os policiais que entraram no local, porém acabou criminosamente algemada e humilhada", diz Bialski em nota.
"E acabou sendo injustificada e vexatoriamente colocada na cela localizada na traseira de uma viatura policial. Felizmente as imagens existem para comprovar o tamanho dos excessos cometidos. Destacamos que o próprio Ministério Público reconheceu agora que ela não cometeu ato ilícito ao filmar os policiais e esperamos a punição dos responsáveis", completa.
O advogado esclareceu que sua cliente agora aguarda o resultado de outra averiguação que segue na polícia de Santa Catarina. Ela quer que os indivíduos que a levaram presa respondam por abuso de poder.
"Na época [ano passado], eu pedi a abertura de uma investigação contra os oficiais. Isso segue, pois é para apurar quem teria cometido aqueles atos, pois estão todos de colete e máscara. Há funcionários da Prefeitura de Balneário Camboriú, da Polícia Metropolitana... Enfim, tem vários agentes públicos que, provavelmente, vão virar réus", adianta.
"Quem viu as imagens viu que ela foi algemada de forma truculenta e colocada no chiqueirinho da viatura sem ter cometido crime algum. A prova disso tudo é o arquivamento [do inquérito]. Natacha recebeu essa notícia com alívio. Depois de ter passado por tudo o que ela passou, pelo menos, viu que a Justiça está sendo restabelecida", completa.
Agora, a bailarina e sua defesa avaliam entrar com medidas indenizatórias contra os oficiais --assim que eles forem identificados-- e quem divulgou a ocorrência de forma leviana na mídia. Natacha confirma os próximos passos.
"Ainda tem mais coisa para rolar. Como meu advogado disse, estamos tomando as providências para processar quem abusou com truculência comigo, me humilhando e fragilizando. Mas a parte que é mais importante é a que diz que não fiz nada e que não cometi nenhum ato para me tratarem daquele jeito naquele momento. Não levantei a voz, não briguei", reitera ela.
Em 2020, a Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú emitiu comunicado sobre a ação que resultou na prisão da ex-funcionária da Globo. Em nota oficial, foi apontado que houve festa. A assessoria jurídica da influenciadora digital destaca que o MP-SC constatou o contrário.
"O próprio promotor disse que não prova nenhuma. Não teve festa, não teve nada. Os vídeos mostram que tinha cinco ou seis pessoas no apartamento e que eram amigos. Inclusive, tinha mais policiais do que pessoas [no local], o que prova que não houve festa nenhuma. O promotor reconhece isso quando pede o arquivamento", finaliza a defesa.
Veja vídeo e fotos de Natacha Horana no extinto Domingão do Faustão:
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