NATACHA HORANA
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Natacha Horana, bailarina do Domingão do Faustão, foi presa por desacato policial; PM encontrou drogas na festa
A PM (Polícia Militar) de Santa Catarina apreendeu aproximadamente cinco gramas de drogas na festa em que Natacha Horana foi presa na madrugada de segunda-feira (20). Segundo as informações da Prefeitura de Balneário Camboriú, trata-se de maconha e skank, uma variação "premium" do entorpecente. A bailarina do Domingão do Faustão teria promovido uma festa junto com colegas em um apartamento de luxo no município catarinense e desacatado as autoridades policiais --motivo da prisão.
"Foi realizado um Termo Circustanciado (TC) por desobediência do decreto estadual e municipal sobre a Covid-19 e por posse de drogas para uso pessoal em desfavor do responsável pela locação do imóvel, através do comprovante de locação", informa a PM ao Notícias da TV. Pelo TC, as drogas não pertenceriam à bailarina, e sim ao locatário do imóvel, não identificado pela polícia.
Na madrugada de segunda, a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Balneário Camboriú receberam denúncias de uma festa em um imóvel de alto padrão do município. Por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), aglomerações estão proibidas no Estado.
Segundo a PM, mais de 30 pessoas estavam presentes na festa. "Enquanto a PMSC realizava o procedimento do Termo Circunstanciado com o responsável pelo local, a referida feminina [Natacha] foi abordada pelos agentes da Guarda, no qual teria desacatado os servidores municipais", explica o órgão, que foi responsável pela condução de Natacha até a delegacia da Polícia Civil.
A Prefeitura de Balenário Camboriú confirma essa versão: "Houve, por parte de uma das participantes da festa [Natacha], o desacato e uma tentativa de agressão a um servidor público, que teve seu equipamento de trabalho (uma filmadora e um osmo mobile) jogado ao chão. Toda a ação foi registrada, do início ao fim, capturada pelo equipamento de filmagem fixado na farda do policial".
Na Polícia Civil, outro termo foi assinado pela bailarina. "A princípio, o TC foi pela prática do delito de resistência. Após a autora assumir o compromisso de comparecer ao Poder Judiciário, foi devidamente liberada", afirma o órgão.
Natacha contesta essas afirmações. Em entrevista ao jornalista Leo Dias, do portal Metrópoles, ela disse que apenas "seis ou oito" pessoas estariam no imóvel, que não era uma festa e que os oficiais teriam cometido abuso de autoridade contra ela.
"Nem um cachorro se trata assim como eles me trataram. Nem um cachorro se joga no camburão sem eu ter feito crime algum. Isso está injusto, é uma injustiça. Por quê? Só porque eu estava em um apartamento?", comentou.
Ela também afirmou que pretende processar o Governo de Santa Catarina pelo suposto abuso de autoridade dos agentes policiais: "Eles entraram no apartamento sem mandado, sem nada. Pode isso? Claro que não pode. É um abuso de autoridade. Isso está errado. O guarda me enforcou. Em nenhum momento eu poderia estar naquela situação. Eu só estava segurando meu celular. Eu estava muito assustada".
A assessoria de imprensa de Natacha Horana respondeu ao Notícias da TV que não se pronunciará sobre o caso das drogas.
Confira a nota da Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú:
"Esclarecemos que na noite de domingo, 19, chegou aos órgãos de segurança do município, a denúncia de que estava ocorrendo uma festa na Rua 2100 com cerca de 30 pessoas.
Destaca-se que, há vigentes decretos estadual e municipal que proíbem aglomerações em Balneário Camboriú e outros municípios catarineses. Decretos restritivos a realização de eventos privados e públicos.
Essas medidas embasam as ações dos órgãos de segurança e da fiscalizacão do município de Balneário Camboriú que, por parte da comunidade local, estão recebendo dezenas de denúncias diariamente.
Nesse atendimento houve, por parte de uma das participantes da festa, o desacato e uma tentativa de agressão a um servidor público, que teve seu equipamento de trabalho (uma filmadora e um osmo mobile) jogados ao chão. Toda ação foi registrada, do inicio ao fim, capturadas pelo equipamento de filmagem fixado na farda dos policiais.
A ação aconteceu com transparência e foi acompanhada, inclusive pelo síndico do prédio.
Ressalta ainda, que as equipes que conduziram a mulher até a delegacia testemunharam as constantes manifestações de desacato proferidas pela mulher durante toda condução.
Andréa Artigas
Diretora Geral de Comunicação da Prefeitura de Balneário Camboriú/SC"
Confira a nota da Polícia Militar de Santa Catarina:
"A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) foi acionada para atendimento de ocorrência de desobediência dos decretos estaduais e municipais de combate à COVID-19. O relato apontava a aglomeração de diversas pessoas no local, fato esse constatado pelos policiais militares, que apontaram mais de 30 pessoas no apartamento. No atendimento da ocorrência, além da PMSC estavam presentes os fiscais de postura municipais e a Guarda Municipal (GM) de Balneário Camboriú.
Enquanto a PMSC realizava o procedimento do Termo Circunstanciado com o responsável pelo local, a referida feminina foi abordada pelos agentes da Guarda, onde esta teria desacatado os servidores municipais. Coube a GM a prisão e condução da envolvida até a Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais decorrentes.
Eventual abuso de autoridade por parte da GM cabe à Polícia Civil a investigação."
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