RODRIGO FAGUNDES
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Rodrigo Fagundes no Encontro desta quarta (17); ator se emocionou com depoimento do marido
O comediante Rodrigo Fagundes foi um dos convidados do Encontro desta quarta (17). O ator foi ao programa para divulgar sua peça de teatro, que está em cartaz em São Paulo, mas a produção preparou uma surpresa para ele. Um depoimento de Wendell Bendelack, marido de Fagundes, foi exibido no telão da atração, e o artista ficou aos prantos com a declaração que recebeu do rapaz.
"Passando pra dizer que eu sou privilegiado por ter você do meu lado nesses 20 anos. Você é uma pessoa iluminada, generosa, companheira, bom coração, se preocupa com os outros. A vista é sempre mais bonita contigo, meu amor. Estamos juntos. Passamos por uma perda muito forte na pandemia, que foi a partida da sua mãe, mas a gente conseguiu se reerguer. Com dificuldade, com muita saudade, mas estamos juntos. Eu te amo. Vou dizer para o Brasil inteiro nosso segredo. Eu te amo", disse Bendelack, que também é ator.
Durante o depoimento, Fagundes já começou a chorar muito, principalmente no momento em que uma foto da mãe dele foi exibida. Na sequência, o ator seguiu muito emocionado ao comentar a declaração.
"Isso é o amor da minha vida. Eu tô assim, muito feliz. Hoje, 17 de maio, é o dia internacional contra lgbtfobia. Em 1990, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu que homossexualidade não era doença. Eu tinha 18 anos, achava que eu era doente, me escondia, tinha medo. Eu tinha medo de falar quem eu sou", confessou ele.
Fagundes ainda ressaltou que interpretar o personagem Patrick (do bordão "olha a faca") no Zorra Total (1999-2015) foi uma libertação e lembrou que até hoje o Brasil é o país que mais mata transexuais. "Vamos parar com isso, gente. A vida é curta, vamos nos respeitar. Eu tô muito emocionado, não estava esperando. Tô com a boca seca aqui", revelou.
Patrícia Poeta disse que a homenagem foi uma forma de mostrar o quanto o ator é amado por todos, e ele então chorou novamente. "A arte me salvou de muita coisa. A arte me deu o Wendell. Sou mineiro, ele é paraense, a gente se encontrou no Rio de Janeiro, no teatro. Agora foi dia das mães, eu perdi minha mãe na pandemia, em seis dias. Foi uma tragédia, como muita gente passou. Eu perdi minha mãe que era o tesouro da minha vida", lamentou.
O ator ainda acrescentou que se imagina na novela A Viagem (1994), reencontrando sua mãe no outro plano espiritual e alfinetou a gestão de Jair Bolsonaro na Presidência da República.
"E o Wendell é o amor da minha vida, a gente está há 20 anos juntos, é muita coisa. E a gente decidiu falar da gente há pouco tempo, de 2017 pra cá. Esse último governo, que falava dos homossexuais como se fosse doença, uma coisa horrível, e não é. Eu não sou isso que eles estão vendendo. Esse retrocesso. Então agora mais do que nunca eu falo. A gente respeita todo mundo, já perdi algumas batalhas por ter me calado. Mas essa profissão, o Wendell, minha família, isso me deu forças", afirmou.
Confira trecho da participação de Rodrigo Fagundes no Encontro:
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