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LUCINHA LINS

De vozes a aparição: Atriz expõe casos sobrenaturais nos bastidores de A Viagem

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Lucinha Lins tem os cabelos loiros e longos; ela encara Christiane Torloni --fora do quadro-- em cena de A Viagem (1994)

Lucinha Lins como Estela em A Viagem (1994); atriz lembra bastidores conturbados da trama

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 2/4/2023 - 14h51

A novela A Viagem (1994) marcou a teledramaturgia brasileira e as vidas dos atores que fizeram parte do elenco. Lucinha Lins contou que viu fatos sobrenaturais acontecerem nos bastidores das gravações. Ela considera que a novela tinha "energia forte".

Houve um caso, lembrado pela atriz, de uma borboleta amarela que surgiu num estúdio fechado, do nada, bem na cena da cremação de Alexandre (Guilherme Fontes).

A cena foi especialmente difícil porque lembrava muito o velório do filho de Christiane Torloni, Guilherme (1979-1991), que morreu num acidente de carro três anos antes das gravações. Diná precisava chorar sobre o corpo de Alexandre.

"A borboleta posou na ponta do caixão, na frente da Christiane. Tivemos que parar a cena. Ela rondou a Christiane várias vezes e pousou nela, que teve uma crise de choro atrás do cenário. Todos chorávamos pela cena em si, pelo que o nosso coração estava sentindo pelo que a Christiane estava vivendo. Essa borboleta foi de uma delicadeza. Foi um alento para todos nós", recordou Lucinha Lins em entrevista à Quem.

Estela, a personagem de Lucinha, era irmã de Diná na trama. Elas tinham uma conexão inexplicável na novela --uma conseguia sentir a presença da outra, os gestos da outra, mesmo depois que a protagonista morreu. E essa conexão passou a ganhar uma espécie de vida própria no decorrer das gravações. Uma das cenas marcou muito Lucinha.

"Era uma cena de meia página (do roteiro). Quando entrei, a Chris saiu do sofá, escorregou e se sentou no chão. Até aí tudo bem. Começamos a cena com as falas normais, mas do nada desenvolvemos um diálogo que não estava escrito. Uma cena de meia página se transformou em uma página e meia", começou ela.

Conversamos pertinente à cena, mas um texto que não estava escrito, e fechamos tomando chá, como previsto. Veio uma voz da direção: 'Posso cortar?'. Olhamos uma para a outra sem entender nada. Fizemos uma cena que não sabíamos que tínhamos feito.

Essa conexão, aliás, foi um grande desafio para as atrizes. Elas precisavam demonstrar comunicação por telepatia nas gravações. "Tivemos cenas dificílimas de serem feitas porque tínhamos que nos perceber. Alguém lia o texto, já que nós não falávamos nestas cenas. A nossa interpretação era toda facial e física. A gente mostrava para a câmera que estávamos conversando mentalmente. Isso era muito difícil de fazer", relembrou. As duas acabaram virando amigas na vida real.

Ainda hoje, sempre que se encontram, dançam abraçadas pelos salões. Esse carinho pela colega, os desafios do papel e a profundidade da história são alguns dos motivos que fazem Lucinha se animar para um outro remake --boato sempre retomado pela internet.

A Viagem foi uma novela tão importante na vida de Lucinha que, além de guardar as lembranças com carinho, ela consideraria atuar num remake da trama --não há planos concretos para que isso aconteça, apenas rumores na internet.

"Não estou sabendo, mas faria uma participação com todo o prazer. Mesmo que fosse para passar lá no fundo com uma bandejinha de café, ficarei muito feliz só de fazer parte", disse a atriz.

No entanto, ela foi contatada para outro projeto relacionado à novela, para o qual está bem animada: um filme sobre os 30 anos desta versão A Viagem. "Seria utilizando atores que fizeram parte da novela. Mostrar o que aconteceu com essas pessoas, trazendo uma turma nova para uma ideia. Topo fazer parte disso, já dei o meu ok. Vai ser muito emocionante. Acredito que vai ter fila na porta e vai ser uma das maiores bilheterias deste país", apostou ela.



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