Maria Beltrão entrega como eram seus encontros com Gloria Maria: 'Uma farra'

Maria Beltrão se emocionou ao falar sobre sua relação com Gloria Maria, que morreu em decorrência de câncer na quinta (2). A jornalista pioneira foi homenageada ao longo do É de Casa deste sábado (4). "Sempre que a gente se encontrava era uma farra", contou a ex-GloboNews.

O matinal começou com depoimentos dos apresentadores sobre a importância de Gloria na história da TV brasileira. "Se eu sou Rita Batista é porque Gloria Maria é! Ela enfrentou o exército da maldade com coragem, texto e elegância", iniciou Rita, em frente ao telão com a imagem da veterana.

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"Falava línguas, mas tinha no olhar a principal comunicação. A gente vibrava com aquela intimidade com a câmera e a delicadeza com o microfone. Eu brincava de ser Gloria Maria. Ícone máximo e referência absoluta. Eu quis ser jornalista por causa dela, para combater injustiças. Gloria Maria, te aplaudo, saúdo, celebro desde e para sempre. Morrer no dia 2 de fevereiro, no dia de Iemanjá, é mesmo coisa de rainha!", completou a apresentadora.

Na sequência, Maria Beltrão afirmou: "Está ali no dicionário, o significado de glória: 'Fama que uma pessoa obtém por feitos heroicos, grandes obras, por suas extraordinárias qualidades'. Tem nome mais perfeito para a nossa Gloria, que ainda, para a minha alegria, é Maria?".

Se não tinha caminho, ela abria. Se haviam obstáculos, e foram vários, ela atropelava. Se tentavam tirar a sua liberdade, era aí que ela voava que nem passarinho. Gloria era sempre a primeira e tinha mania de ser pioneira. Extraordinária, heroica e, ao mesmo tempo, tão humana, amiga, divertida.

"Sempre que a gente se encontrava era uma farra. Quando o Estúdio I, jornal que eu apresentava na GloboNews, fez dez anos, ela voltou a brincar com o fato de jamais revelar a idade", relembrou Maria. Vídeos de reportagens de Gloria e momentos de bastidores também foram exibidos durante a homenagem.

"Lenda não tem idade, não. O que define e definia a Gloria é a perenidade. Ela é para sempre. Afinal, para mim, essa musa da comunicação sempre esteve presente. Ela começou na Globo no ano em que nasci. Na minha existência, eu só conheci a Gloria potência. Ela não precisava do peso de um sobrenome para ser a maior de todas. Agora chegou a hora da nossa estrela-mor do jornalismo brilhar lá no alto. Afinal de contas, lugar de glória é nas alturas", afirmou a ex-GloboNews.

Thiago Oliveira também falou sobre a trajetória da veterana: "É natural que o pioneirismo tenha virado o sobrenome de Gloria Maria. E ser o primeiro, você sabe muito bem, que não é para qualquer um não. Mas ela sempre fez questão de passar para a gente isso com muita naturalidade. Sua coragem fez ela desbravar caminhos jamais antes percorridos. Para mim, Gloria Maria sempre foi uma referência de possibilidades. Sempre foi a excelência em pessoa".

"Sua presença no vídeo era tão mágica que muitas vezes eu viajei com ela naquelas reportagens lindas e maravilhosas em outros países. E eu pegava uma carona pelo simples fato de me sentir igual. É claro que eu sempre fiquei encantado com a maneira como ela contava uma história, com aquela presença gigante, só o fato de estar, um sorriso leve. Em qualquer entrevista ela dava aula", enalteceu o ex-Esporte Espetacular.

Talitha Morete exaltou: "A Gloria foi e sempre será uma inspiração para todos nós, como mulher, como jornalista, mãe. Ela é um ícone da TV brasileira. Pioneira no jornalismo. Fez história com muita personalidade, coragem, força, e ao mesmo tempo com muita delicadeza, muita elegância. E a imagem que me vem na cabeça é da Gloria brilhando, se divertindo, se aventurando, desbravando o mundo. A única certeza que a gente tem daqui é que ela vai continuar brilhando onde quer que ela esteja".

Valéria Almeida também se emocionou muito ao falar de Gloria Maria: "Foi a grande norteadora da minha vida, a luz do meu caminho. Foi ela quem guiou os meus passos mesmo sem saber disso. Porque ela era a materialização, para mim, de uma vida bonita e possível para nós".

"A minha avó sempre dizia: 'Filha, se você quiser ser livre de verdade, estude!' E ela mostrava para nós: 'Está vendo, ela é como nós. E ela também é fruto da escola pública.' E eu olhava para a Gloria e para mim era essa pessoa que eu queria ser: uma mulher negra, livre, viajante, contadora de histórias. E ela me fez escolher todas as alternativas da minha vida, porque tudo era baseado nessa mulher, que foi esse norte, esse grande ponto de luz que eu segui", discursou a repórter.

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