KIKO PISSOLATO
Fotos: Divulgação/Downtown Filmes
Kiko Pissolato treina tiros em cena de O Doutrinador: herói brasileiro terá filme e série de TV
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 27/10/2018 - 6h24
Fanático por histórias em quadrinhos, Kiko Pissolato realizou um sonho de criança ao ser escalado para viver o primeiro super-herói brasileiro, o Doutrinador, que chega aos cinemas no dia 1º e na TV em 2019. A empolgação com a chance de vestir a fantasia foi tanta que, na hora de gravar as sequências de ação, o ator dispensou o dublê.
"Eu pulei de quatro metros [de altura], na garagem do Maksoud Plaza [hotel em São Paulo]. Dirigi moto, carro. Na cena que mostra um carro da polícia em alta velocidade no meio do trânsito, era eu dirigindo. Fiz todas as sequências de perseguições, as cenas de luta. Sou eu mesmo ali, fiz questão de fazer", conta ele, orgulhoso.
A coragem se torna ainda maior pelo fato de que o ator poderia facilmente ser substituído por um dublê, já que o Doutrinador usa uma máscara de gás que cobre todo o seu rosto. "Em 90% das cenas em que o personagem está mascarado, sou eu. Aliás, mais do que 90%, estou sendo generoso."
Consumidor voraz de HQs, o ator nem cogitou a ideia de ser trocado por um dublê. "Como é que você fala para uma criança que ela vai brincar de Batman, e na hora que coloca a máscara, tira a criança e põe outra? Não, eu queria fazer tudo. E fiz", explica ele, que se sentiu preparado porque pratica esportes regularmente.
Kiko Pissolato, que ficou famoso na pele do motorista Maciel, de Amor à Vida (2013), só não fez as sequências de parkour (corrida livre). Nessas, foi substituído por Vance Poubel, ex-participante do Exathlon Brasil: "É um cara genial, que fez as cenas de mortal. Um desses malucos que ficam andando em cima de prédio e se filmando".
O Doutrinador com máscara que virou marca do personagem: nem com rosto oculto era dublê
Preparação de 38 anos
Pissolato conheceu as histórias do Doutrinador antes mesmo de a adaptação do herói para o cinema e a TV ser cogitada. "Um amigo me apresentou. Quando me chamaram para o teste, fui com a certeza de que o personagem era meu. Desde pequeno falava: 'Quero virar super-herói'. Demorou 38 anos, mas consegui."
Depois de vários coadjuvantes na TV, Pissolato tem o maior papel de sua carreira na pele do policial Miguel, que vira um justiceiro mascarado contra políticos corruptos após uma tragédia pessoal. "Não senti nenhuma pressão. No teatro, eu já fiz protagonistas, não tenho medo da responsabilidade. Gosto de trabalhar, tenho essa coisa da disciplina. E um trabalho em que posso ser criança é um prazer", elogia.
O ator, inclusive, está louco para receber o boneco do Doutrinador e colocá-lo em sua coleção de brinquedos. "Imagina um bonequinho meu lá na prateleira, entre o Thanos [vilão de Os Vingadores] e o Batman? Eu sou uma criança feliz, de verdade!"
Fissurado pelo mundo nerd, ele ainda sonha alto: "Queria uma porradaria entre o Doutrinador e o Justiceiro. Eu devorei a série [do anti-herói na Netflix] na época que estava me preparando. Uma luta com o Batman seria legal também, o Ben Affleck não é tão grande assim, acho que dá para eu encarar (risos). Mas talvez seja melhor parar por aí, porque dos outros heróis eu ia apanhar", brinca ele, bem-humorado.
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