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SEM NOVELAS

Aos 71 anos, Nuno Leal Maia sofre para voltar à TV: 'Só querem garotões'

Divulgação/Prime Box Brazil

Nuno Leal Maia em foto promocional da série Chuteira Preta, em que vive o tio Jair

Nuno Leal Maia em foto promocional da série Chuteira Preta, agora disponível no Amazon Prime Video

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 23/10/2019 - 4h58

Um dos principais galãs dos anos 1980 da Globo, na qual protagonizou A Gata Comeu (1985) e Top Model (1989), Nuno Leal Maia não atua em uma novela inteira desde Amor Eterno Amor (2012). De lá para cá, fez uma participação rápida em Malhação e séries na TV paga. "Os convites pararam de vir. Agora, só querem os garotões", lamenta.

O ator de 71 anos chegou a ser cotado para Filhas de Eva, série inspirada no livro homônimo de Martha Mendonça que a Globo prepara para o ano que vem. Mas a conversa com a emissora, conta ele, não avançou. "Uma produtora de elenco me procurou há mais de dois meses, perguntou se eu estaria disponível, mas nunca mais me ligou. Não sei de mais nada", lamenta o veterano.

Sem espaço na TV aberta, ele tem comido pelas beiradas com papéis em canais pagos. Na série Juacas, do Disney Channel, interpreta um surfista veterano que ajuda três jovens a melhorarem suas habilidades em cima das pranchas. A atração marca a volta de Maia ao universo do surfe que ele adotou 20 anos atrás, em Top Model.

Ex-jogador de futebol, que chegou a jogar pelo time juvenil do Santos, o ator retornou aos gramados para a série Chuteira Preta, produção do canal Prime Box Brazil que foi disponibilizada neste mês no Amazon Prime Video para toda a América Latina. Na produção criada e dirigida por Paulo Nascimento, ele vive Jair, tio do protagonista Kadu (Márcio Kieling) que ajuda o sobrinho a reconstruir a carreira esportiva.

Nuno Leal Maia celebra que, apesar da idade, ainda é chamado para papéis de alma jovem, tipos que frequentam a praia para ficar de olho nas gatinhas. "Acho que tem a ver com meu estilo de vida. Eu gosto muito de esporte, me mantenho ativo, tenho uma ligação com o mar desde pequeno. Não sei explicar o que acontece, mas acho que os diretores me associam a esse tipo", justifica.

O próximo trabalho inédito do veterano é Os Ausentes, série que a TNT lançará em 2020. Na atração estrelada por Maria Flor e Erom Cordeiro, ele aparecerá em um tipo bem menos disposto. "Fiz um episódio que se passa no asilo, sou um dos moradores de lá. Assim tem papel para vários atores da minha faixa etária. É uma boa saída, né? Porque é impossível arrumar uma história só para velhos (risos)", diverte-se.

Várias frentes de mercado

Mesmo fora da Globo, Maia celebra que tem conseguido se manter na ativa. Afinal, ainda no auge ele já revezava trabalhos na líder de audiência com outras emissoras, como Band (onde fez Pé de Vento, em 1980) e Manchete (Novo Amor, 1986).

"O mercado audiovisual abriu legal, a TV a cabo é muito boa. E agora tem esses canais estranhos, né? Netflix, Amazon... Todo mundo usa muito, mas eu não consigo sintonizar", admite ele, mesmo ciente de que Chuteira Preta está no streaming.

"A Record e o SBT estão produzindo um pouco também, o que é ótimo. Abriu o setor de um jeito que dá para sobreviver", elogia ele, que faz algumas ressalvas. "Essa novela da Band [Ouro Verde] foi uma frustração. Vi que ia ter o Gracindo Júnior, a Zezé Motta, a Sílvia Pfeifer... Achei que era coisa nossa. Mas não! É portuguesa, vai ao ar dublada, parece até novela mexicana (risos)."

"Eu acho uma pena, porque a Band tinha uma tradição, eu fiz novela do Benedito Ruy Barbosa lá [Pé de Vento]", lamenta. "A Cultura também podia voltar a investir, fazer teleteatro. Era um produto muito bom, tinha qualidade, boas histórias, dava gosto de ver. Mas parece que ela não quer, está meio acomodada, né?", critica o veterano.


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