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BOCA NO TROMBONE

Angélica abre o jogo sobre assédio sofrido aos 15 anos: 'Fiquei petrificada'

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Angélica durante entrevista ao podcast Quem Pode, Pod

Angélica explicou que decidiu contar situação de assédio ao ouvir relato de Luciana Temer

IGRAÍNNE MARQUES

Publicado em 12/7/2022 - 21h07
Atualizado em 12/7/2022 - 23h11

Angélica decidiu abrir o jogo sobre um assédio sofrido aos 15 anos de idade, quando viajou à França para trabalhar. A apresentadora não falava francês, e os fotógrafos que a acompanhavam também não sabiam uma palavra de português. Um grupo de homens se aproximou e começou a tocar seu corpo. "Fiquei petrificada", contou.

O assunto veio à tona em entrevista ao podcast Quem Pode, Pod desta terça (12). "Vários homens de 19 e 20 anos ficaram passando mão em mim, enquanto eu fazia umas fotos, e eu parada falando para as pessoas: eles estão passando a mão em mim", detalhou. 

"Eles eram franceses então não entendiam o que eu estava falando, os fotógrafos também não eram brasileiros, e eu não sabia falar francês. Eu fiquei petrificada ali, vendida", disse.

Angélica reforçou que só trouxe a história à tona porque falar do assunto incentiva outras mulheres denunciar situação de assédio, até as que não ainda foram verbalizadas.

Giovanna Ewbank ,apresentadora do videocast, abriu um parênteses na conversa para lembrar que as vítimas costumam duvidar de si mesmas, chegando a questionar se aquilo de fato aconteceu, quando não deveria ser assim.

"Marca. Eles 'só' passaram a mão na minha bunda. No ônibus acontece muito, as mulheres sofrem isso direto. De alguma forma aquilo me agrediu, e foi uma agressão, ficou marcado ali", reforçou Angélica. 

"Acho que a nossa função como mulheres, como influenciadores, o que for, é incentivar as pessoas a falarem porque a gente também tem as crianças aí. Elas têm que saber o que elas podem deixar, o que elas não podem. A gente tem que ter essa conversa", concluiu ela.

Iniciativa contra o machismo

Durante a conversa, a mulher de Bruno Gagliasso lembrou que Angélica já havia mencionado essa história em outro momento, enquanto entrevistava a ativista Luciana Temer.

"Na verdade, ela veio falar comigo porque ela tem o Agora Você Sabe, do Instituto Liberta", começou a apresentadora. Angélica explicou que a ideia do projeto sempre foi recolher um milhão de depoimentos para conseguir, por meio do Congresso, leis mais efetivas contra o abuso de crianças e adolescentes.

"E ela falou: 'Eu preciso de alguém para falar disso'. Eu falei: 'Vamos fazer uma entrevista e a gente começa esse movimento'. E aí, na conversa comigo, ela contou --e ela nunca tinha falado isso-- que já tinha sofrido um estupro. Durante a entrevista, ela começou a me mostrar que violência não é só estupro", contou Angélica.

"Violência é tudo, é botar a mão, é um monte de coisa. E eu comecei a ouvir aquilo e falei: 'Gente, então eu já vivi isso'", lembrou.

Fernanda acrescentou imediatamente: "Todas nós". "Todas nós. E a gente faz o quê? A gente dá aquele jeito para se proteger também. A gente minimiza. E não pode", avaliou.

Angélica reforçou que não se deve sentir vergonha de falar. "Pelo contrário. A gente tem que falar e quem tem que ter vergonha é quem fez aquilo", disse.

Confira a entrevista completa de Angélica ao Quem Pode, Pod:

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