INVESTIGAÇÃO EM CURSO
LEO FRANCO/AGNEWS e DIVULGAÇÃO/CENIPA
O avião bimotor que caiu com Marília Mendonça e outras quatro pessoas não tinha caixa-preta
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado à Aeronáutica, confirmou que o avião bimotor King Air da Beech Aircraft não tinha caixa-preta. A aeronave caiu na sexta-feira (5) na serra de Caratinga, no interior de Minas Gerais, com Marília Mendonça (1995-2021) e outras quatro pessoas --todos morreram.
Esse modelo de aeronave não tem a obrigação de ter caixa-preta, mas em alguns casos as empresas colocam a aparelhagem que grava dados sobre o funcionamento, sistemas e as conversas da tripulação.
Neste sábado (6), o Cenipa informou que a equipe de investigação encontrou um "spot geolocalizador" no King Air. O dispositivo será utilizado para confrontar o trajeto do avião de Marília com o plano de voo. Essa será apenas uma das evidências para ajudar a entender as causas do acidente.
Em nota, a Cemig confirmou que a aeronave colidiu no cabo de uma torre de distribuição da companhia no município de Caratinga. Isso indica que o avião estava numa altura mais baixa do que o que seria considerado normal.
Segundo o órgão da Aeronáutica, todas as evidências que estavam dentro do avião já foram retiradas para os peritos darem sequência à investigação. A segunda parte da perícia será feita após a remoção dos destroços da cachoeira. O bimotor que pertence à empresa a PEC Táxi Aéreo deve ser retirado do local neste domingo (07).
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indicou que a PEC tem autorização para realizar táxi aéreo e que o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade do avião, documento que atesta as condições deste tipo de veículo, é válido até julho de 2022.
"A Agência ressalta a importância de aguardar o avanço das investigações pelo Cenipa, órgão responsável pela apuração das causas do acidente, e se mantém à disposição para contribuir com as investigações", diz a nota da agência governamental.
A PEC também se posicionou sobre o caso: "A respeito da operação, cumpre mencionar que: (a) o avião envolvido no acidente era devidamente homologado pela Anac para transporte aéreo de passageiros e estava plenamente aeronavegável; (b) a tripulação engajada na operação tinha grande experiência de voo e também estava devidamente habilitada pela Anac, com todos os treinamentos atualizados; (c) as condições meteorológicas eram favoráveis".
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