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Indignada

'Acho assustador que tenha gente batendo palma para a violência', diz Débora Bloch

Reprodução/TV Globo

A atriz Débora Bloch caracterizada como a professora Lúcia, sua personagem na série Segunda Chamada

Débora Bloch caracterizada como a professora Lúcia, sua personagem na série Segunda Chamada

FERNANDA LOPES

Publicado em 1/10/2019 - 5h20

Na série Segunda Chamada, que estreia no dia 8 na Globo, Débora Bloch é uma professora que defende muito seus alunos em situação de vulnerabilidade. Na vida real, a atriz também é uma defensora das minorias. Débora critica o atual Governo Federal, suas propostas de políticas públicas e se mostra indignada com o incentivo à violência no Brasil.

"Tem gente que está aplaudindo atitudes de desumanidade. De violência contra índios, contra pobres, negros, moradores das favelas, minorias, os LGBTs, contra os brasileiros. Porque somos todos brasileiros. Acho muito assustador que tenha gente batendo palma pra isso [violências]. Essas desumanidades [estão acontecendo] e a gente está assistindo", reclama.

Desde abril, quando as preparações e gravações de Segunda Chamada começaram, Débora ficou mais envolvida em causas sociais. Ela visitou uma escola numa comunidade carioca que funciona na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), no período noturno. Conversou com professoras e ouviu as histórias delas sobre as dificuldades do trabalho e a dura realidade dos alunos.

Consequentemente, ficou ainda mais crítica da educação pública no Brasil e da falta de atenção para esse setor. "Mesmo com tantas manifestações [a favor da educação pública de qualidade], você ainda vê pessoas defendendo esse desmonte. Acho que a gente está vivendo exatamente a vitória da ignorância, da nossa falta de educação, da falta de investimento em educação nesse país", declara.

Débora interpreta a protagonista da série, a professora Lúcia, que dá aulas de Português. Ela se envolve com seus alunos e vive situações tensas na escola, como o caso de uma aluna que passa mal após fazer um aborto clandestino ou da noite em que um de seus estudantes chega armado na sala, para assaltá-la. 

Segundo as autoras da série, Carla Faour e Julia Spadaccini, quase 100% das tramas dos alunos aconteceram de verdade e podem abrir os olhos de boa parte do público sobre as dificuldades que muitas pessoas enfrentam para poder estudar. Débora concorda que dar visibilidade à questão da educação pública no Brasil é necessário.

"Acho que é um assunto relevante, independentemente do período [político] em que a gente está. A precariedade das políticas públicas para a educação é uma questão que nos acompanha há muito tempo. É uma coisa muito grave, muito séria, e tem pessoas aplaudindo esse desmonte. Eu espero que o assunto educação ganhe relevância [com a exibição da série]", diz.

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