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Hermila Guedes

Atriz sofre ao reviver drama de violência doméstica em série da Globo

MAURICIO FIDALGO/TV GLOBO

A atriz Hermila Guedes em foto de divulgação da série Segunda Chamada, nova atração da Globo

Hermila Guedes interpretará a professora Sônia na série Segunda Chamada, estreia da Globo

FERNANDA LOPES

Publicado em 12/9/2019 - 19h49

A atriz Hermila Guedes se emocionou ao revelar que sua personagem na série Segunda Chamada, da Globo, lhe lembra muitos momentos difíceis que viveu na infância. Ela interpreta Sônia, uma professora que sofre agressões constantes do marido. Na vida real, Hermila cresceu vendo sua mãe ser cruelmente agredida por seu pai.

No lançamento da atração, nesta quinta (12) em São Paulo, a atriz até chorou ao contar sua história. Outros atores e jornalistas presentes também não seguraram as lágrimas e aplaudiram a colega pela coragem. Nem a diretora de Segunda Chamada, Joana Jabace, sabia que Hermila havia passado por isso na vida real.

"Tive muita dificuldade, não sabia se ia dar conta da Sônia, com tantas emoções, sentimentos ali. E principalmente porque tenho uma familiaridade infeliz com a relação dela com o marido, de violência doméstica. Em muitos momentos eu vi a minha mãe. Ela foi violentada pelo meu pai", contou.

"Eu acho que a série pode encorajar mulheres a denunciarem a agressão. Poder compartilhar minha história acho que ajuda. Não é só a mulher que é vítima, os filhos também são. Uma das grandes mágoas da minha vida era como amar esse homem que violentava a mulher que eu mais amo. Então foi difícil, porque eu não queria reviver tudo aquilo de novo", confessou a atriz.

Esse é o segundo personagem de Hermila na Globo que retrata a violência contra a mulher. Na minissérie Assédio (2018), ela interpretou uma das pacientes violentadas pelo médico Roger Abdelmassih --na ficção chamado Roger Sadala (Antonio Calloni).

Para gravar Segunda Chamada, Hermila passou quatro meses em um colégio abandonado em São Paulo, onde sua personagem dá aulas. A série mostra o cotidiano de professores e alunos de uma escola que funciona na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), no período noturno. 

A maioria das gravações aconteceu durante a noite e a madrugada, e Hermila admitiu que chegava em casa "exaustíssima", com cansaço físico e emocional. Ainda assim, ela avalia que viver essa personagem lhe serviu como uma terapia.

"De alguma maneira, as cenas foram um pouco de terapia. Você revive a situação de outra forma. Hoje eu tenho mais maturidade do que na época em que vivi essa história. Acho que a arte às vezes cura. Fortalece. É uma oportunidade incrível de vivenciar certas coisas, por mais difícil que sejam, pra se transformar, pra transformar", afirmou.

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