Briga de Natália com Linn acende alerta sobre transtorno mental; entenda

As atitudes de Natália Deodato no BBB 22 (Globo) demonstram sinais do TEI (Transtorno Explosivo Intermitente), conhecido como síndrome do Hulk. A doença é caracterizada por impulsos que se manifestam em agressões verbais e físicas, falas e discussões contra pessoas, animais ou objetos --o que aconteceu com a mineira, na madrugada desta quinta-feira (17).

Durante a festa do líder Lucas Bissoli, a integrante do Pipoca ficou incomodada com Linn da Quebrada e Jessilane Alves, e acusou as amigas de não darem importância a seus sentimentos. Ela começou a gritar com a cantora, levou a discussão para o quarto, e atirou objetos pela casa. O psicólogo Alexander Bez explica ao Notícias da TV que o diagnóstico acontece quando o paciente apresenta grande frequência dessas ações.

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"Para ser considerado TEI é necessário que essas ações aconteçam há pelo menos seis meses, caso contrário pode ser apenas uma ação isolada, intencional e pessoal, não sabemos se ela tinha essas atitudes fora da casa. É importante ressaltar que quando você tem alguma configuração mental já alterada, adulterada por algum transtorno seja psíquico ou psicológico, qualquer substância lícita ou ilícita como álcool e drogas, pode potencializar esse transtorno imediatamente. Isso é fato. É uma correlação totalmente íntima e associada", afirma.

A designer de unhas já comentou no reality que usava o chocolate como uma forma de canalizar suas crises de ansiedade. Após o consumo em exagero do doce, ela precisou de controle alimentar com um especialista, segundo declarou, e passou até a pilotar moto para se acalmar. No BBB, a bebida pode ter simulado o efeito "calmante" que a sister buscava.

"Ela pode ter usado o álcool como uma substituição do chocolate que ela não tem ali para usar. Na verdade, o chocolate ao mesmo tempo em que ajuda a controlar a ansiedade, também piora, deixando a pessoa dependente e mais ansiosa. Essa própria dependência também pode ser um desencadeador de um surto neurótico [como a Natália teve], como uma maneira de extravasar", explica o psicólogo.

A situação que Natália vive no programa da Globo lembra Raissa Barbosa, participante de A Fazenda 12. Mas a diferença é que a ex-peoa já entrou no reality com o diagnóstico do transtorno de personalidade Borderline. Além disso, seus ataques de fúria eram muito mais frequentes.

Existe tratamento para o TEI?

A síndrome pode desencadear o prejuízo social, pessoal, conjugal e profissional, pois não são ações calculadas nem previamente planejadas. O controle a longo prazo pode ser feito por psicoterapias direcionadas para a pessoa aprender a detectar situações que desencadeiam as crises e evitá-las, ou enfrentá-las de modo menos agressivo. Em alguns casos também é indicado o uso de medicamentos como: estabilizadores de humor, antidepressivos ou ansiolíticos.

O que desencadeia a agressividade?

Tudo aquilo que pode soar negativo para quem já tem um transtorno de ansiedade pode ser um gatilho psicológico. No Big Brother Brasil, há uma série de gatilhos como as dinâmicas do Jogo da Discórdia, decoração caótica, e a própria competição em busca do prêmio de R$ 1,5 milhão.

"Os gatilhos podem determinar uma série de ações. Pessoas que têm um certo limite à tolerância e a frustração devem tomar cuidado e entender antes mesmo de entrar no programa que não existe perfeição. O programa não é uma colônia de férias, e sim de pessoas que estão competindo entre si. É importante entender isso para que o limite de frustração seja controlado!", alerta Bez.

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