SAÚDE MENTAL
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Bárbara Heck no BBB 22; influenciadora digital tem comportamento que pode indicar transtorno
Os hábitos alimentares de Bárbara Heck no BBB 22 têm chamado a atenção do público, que suspeita que ela sofra de um possível transtorno alimentar. Mas não é só a relação da influenciadora digital com a comida que pode indicar algo que merece uma atenção a mais, a relação dela com o corpo também.
Tanto em fotos compartilhadas no Instagram quanto no confinamento, Bárbara faz o possível para cobrir a barriga (ou parte dela) quando aparece de biquíni. A gaúcha também se mostrou chateada com uma blusa enviada pela produção para uma das festas porque deixava parte do corpo à mostra, o que a fez vestir uma camisa para se sentir mais à vontade.
Além disso, a loira costuma usar roupas bastante largas, que não marcam seu corpo. Essas atitudes podem indicar um transtorno disfórmico ou disformia corporal, que é quando uma pessoa não se vê como ela realmente é. Ela enxerga algo que para ela, é pior, e sente vergonha disso.
"A percepção que a pessoa tem diante do espelho não é exatamente aquilo que ela enxerga, ela se vê muito diferente do que é. Vira uma guerra interna, as pessoas adoecem por isso. Elas não se sentem confortáveis com os próprios corpos", explica a psicanalista Manuella Santos ao Notícias da TV.
O transtorno disfórmico geralmente é acompanhado de problemas como depressão e transtornos alimentares (bulimia e anorexia, por exemplo). Uma fala de Bárbara que ilustra essa relação ocorreu quando ela comeu bastante em uma festa e afirmou que não passaria pela porta.
No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofrem de disformia corporal. Uma das causas está ligada a filtros de redes sociais e edições no Photoshop que "melhoram" a imagem da pessoa. "A discussão sobre autoimagem é muito importante. Tem havido uma escravidão pela busca de imagens que não se encaixam na pessoa, não são desejo dela", afirma a psicanalista.
Outras causas podem ser os comentários negativos de terceiros. "Temos que tomar cuidado com o que a gente diz para o outro. Por exemplo: 'Você está gordinha, né?'. Você não sabe como a pessoa vai aceitar isso, como está a pessoa que vai ouvir isso", alerta Manuella.
É importante frisar que a questão não é o gosto de Bárbara, que pode ser qualquer um e deve ser respeitado, mas sim a soma de todos os comportamentos e falas que ela tem apresentado no programa. Também não é possível afirmar que a participante sofra de transtorno disfórmico sem que ela passe por uma avaliação pessoal com profissionais da área.
O tratamento mais indicado para a disformia corporal é a terapia, a partir de um diagnóstico. Em alguns casos, em que um ou mais transtornos também são identificados, ela pode ser associada ao uso de remédios prescritos por um psiquiatra.
Atenção: caso você tenha se identificado com alguns dos sinais citados, procure ajuda de um profissional da saúde ou de alguém de confiança.
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