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CAROL GARCIA

Atriz usa Quanto Mais Vida, Melhor para detonar machismo: 'Forma de expurgar'

Victor Pollak/INSTAGRAM

Carol Garcia com cabelos ruivos em foto publicada no Instagram

Carol Garcia vive Betina em Quanto Mais Vida, Melhor; atriz usa novela para conscientizar

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 21/5/2022 - 6h20

Carol Garcia tem consciência da importância de representar a empoderada Betina em Quanto Mais Vida, Melhor!. Na novela das sete da Globo, a ruiva faz questão de rebater os comentários machistas dos outros personagens --ainda mais quando tentam diminuí-la de alguma forma por trabalhar em uma boate como dançarina de pole dance.

"Eu sentia um prazer imenso de falar sobre machismo na novela. Era um mix de Carol e Betina. Estive cara a cara com situações de repressão do poder feminino, e as cenas vieram como uma forma de expurgar tudo que eu estava sentindo", explica a artista em entrevista ao Notícias da TV.

"Acho muito importante que a gente fale sobre isso na TV aberta. Estamos num país conservador que ainda limita muito a mulher. É quase repetitivo falar sobre isso, mas muito necessário: não vamos mais aceitar que cerceiem a nossa liberdade. Nossos corpos pertencem apenas a nós mesmas", dispara.

A trama de Mauro Wilson também representa um chute na rivalidade feminina e traz a união das mulheres por meio de Betina e Jandira (Micheli Machado), as ex-mulheres de Neném (Vladimir Brichta). Em vez de brigarem, as duas são amigas e dividem confidências.

Acho a relação delas uma potência imensa. Somos maiores quando estamos em acordo e harmonia com outras mulheres. Não deveria existir homem capaz de criar rivalidade entre nós. Os homens se beneficiam da disputa feminina e até hoje usam isso para se manter no poder afetivo.

Carol, inclusive, acredita que uma estrutura familiar "diferentona" como a do craque do Flamengo é cada vez mais possível na vida real. "A família tradicional brasileira é uma falha, cheia de hipocrisia. Somos mais que um formato de se relacionar, somos mais criativos que isso. Nossas estruturas afetivas devem ser construídas de acordo com o nosso olhar pro mundo e não como inventaram que deveria ser. Amor é universal e não deve seguir uma regra", defende ela.

Pole dance como arte

Durante a preparação para a personagem, a atriz precisou encarar as aulas de pole dance. "O maior desafio de fato foi o pole. Não praticava antes e me apaixonei. O pole dance abriu muitas portas pra mim (individualmente e intimamente). Foram muitos roxos, muitas dores, muito medo e muito prazer!", define ela.

Recentemente, Carol também apareceu soltando a voz nas cenas em que Betina se apresentou na Pulp Fiction no folhetim: "Eu amo cantar. Já fiz alguns musicais, e a música em cena, pra mim, faz muito sentido".

É inexplicável a sensação de cantar através de um personagem. Gravei as músicas no estúdio com o Ricardo [Leão, diretor musical] e não queria mais ir embora. Minha relação com a música é muito forte, e eu quero poder cantar mais vezes em cena. Eu amei a resposta do público, fiquei absurdamente feliz.

Confira postagens de Carol com o pole dance:


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