Atriz se despede de Quanto Mais Vida, Melhor e teme juízo final: 'Aperto imenso'

Intérprete de Betina, Carol Garcia nem se arrisca a palpitar quem será o escolhido pela Morte (A Maia) no juízo final de Quanto Mais Vida, Melhor!. A atriz já se despede da dançarina de pole dance e acompanha os últimos capítulos da novela das sete da Globo, que termina no próximo dia 27. Ela ainda entrega que o segredo sobre qual protagonista levará a pior na história é guardado a sete chaves pelo autor Mauro Wilson.

"Ninguém sabe [quem vai morrer], né? Ninguém do elenco soube de nada. Eu não consigo imaginar um dos quatro morrendo, me dá um aperto imenso (risos). Já estou triste", admite a artista em entrevista ao Notícias da TV.

Mateus Solano (Guilherme), Giovanna Antonelli (Paula), Vladimir Brichta (Neném) e Valentina Herszage (Flávia) gravaram finais alternativos para o folhetim, o que dificulta ainda mais a missão de descobrir quem terá a vida ceifada definitivamente.

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O principal assunto da trama fez com que a intérprete da segunda ex-mulher de Neném reavaliasse os próprios conceitos sobre o fim da vida. "Eu acho muito bonito como o Mauro construiu a relação com a morte. A única certeza que temos é que um dia essa existência vai mudar de forma. Não sabemos o que é, mas sabemos que não é mais encarnado. Na novela, ele mostra que a gente deve viver essa oportunidade com atenção, responsabilidade e uma pitada de ousadia!", pontua.

Apesar de evitar dar spoilers sobre como será o desfecho da novela, Carol assegura que Betina terá um final feliz. "O que eu consigo dizer é que no fim tudo dá certo, a gente se ajeita, a vida acontece da melhor forma. Quanto mais vida, melhor", afirma ela.

Experiência com novela fechada

Por ter sido feita durante a pandemia da Covid-19, a novela das sete foi totalmente gravada antes da estreia --o que impede alterações no decorrer da história. Atuar em uma trama fechada foi novidade para a atriz:

É uma loucura. Eu tive muito medo, mas graças a Deus tenho visto que meu trabalho foi muito bem recebido. O feedback do público tem sido de muito carinho. Mas, de fato, algumas coisas na história teriam sido diferentes, eu acho. Talvez o público tivesse interferido no rumo de algumas histórias.

A artista também dá um exemplo do que gostaria de ter visto de diferente no folhetim. "Estavam amando a relação da Betina com a Flávia, mas isso não se fortaleceu na trama. Eu amaria que tivesse acontecido mais", entrega ela.

Carol viveu Sabrina em A Dona do Pedaço

De periguete a mãezona

Carol Garcia já havia chamado a atenção do público como a deslumbrada Sabrina de A Dona do Pedaço (2019), personagem bem diferente da batalhadora e empoderada Betina.

A Betina é uma mulher, a Sabrina tinha ares de menina ainda. Foi justamente essa transição que eu pensei muito. A preparação para a Beta foi muito transformadora pra mim. Primeiro o pole dance, que certamente me ajudou demais a encontrar o corpo mais maduro dessa mulher.

"E depois ser mãe de uma adolescente, foi muito lindo viver esse processo de descoberta com a Sara [Vidal]", completa ela, em referência à atriz que interpreta Bianca. Na história, a caçula de Neném convive com um problema no coração e aguarda um transplante. As gravações também criaram um laço entre as duas artistas.

"Eu e Sara seguimos amigas, meio mãe, meio filha, meio irmãs. Construímos uma relação de verdade com todas as nuances que uma relação tem. E foi justamente isso que eu acho que nos ajudou em cena. Eu me reconhecia nela e esse reconhecimento trouxe, com mais naturalidade, a dor da doença da filha, o medo do que poderia vir, a tristeza de ver uma menina tão nova cheia de limitações."

Carol teve ainda a oportunidade de atuar em uma parte da novela com nomes de peso e no qual o clima de descontração reinava: "Éramos um núcleo muito feliz. Mesmo! Todos os dias a gente fazia do trabalho um espaço de diversão e acolhimento. O [Marcos] Caruso e a [Elizabeth] Savala traziam pra gente um espaço muito seguro e confortável para trabalharmos no amor".

Tivemos momentos muito especiais. Eu e as meninas construímos uma relação fora de cena que nos ajudou muito no trabalho. Criamos uma rede de apoio poderosa e era nela que nos agarrávamos quando vinha medo, insegurança, cansaço.

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