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Enigmas de Westeros

Guerra, destruição e inverno 'sem fim': o que esperar da nova Game of Thrones

Divulgação/HBO

Isaac Wright e Vladimir Furdik em cena na Muralha, durante a sexta temporada de Game of Thrones - Divulgação/HBO

Isaac Wright e Vladimir Furdik em cena na Muralha, durante a sexta temporada de Game of Thrones

JOÃO DA PAZ

Publicado em 13/6/2018 - 5h57

Guerra, destruição, o nascimento dos clãs Stark e Lannister, a construção da Muralha e um inverno que parece não ter fim. A HBO vai contar a pré-história de Game of Thrones na série derivada, que teve seu piloto (primeiro episódio) encomendado na semana passada. O novo drama vem para o canal manter ligada a máquina de fazer dinheiro que é GoT. A série ajudou a HBO a aumentar seu faturamento em 70% nos últimos seis anos (de US$ 1 bilhão para US$ 1,7 bilhão).

Sem nome definido e com lançamento previsto para 2020 caso seja aprovada, a atração se passará 10 mil anos antes dos eventos retratados nas sete temporadas de Game of Thrones. Enigmática, a HBO divulgou uma sinopse cifrada à imprensa. Mas, com uma interpretação equilibrada, dá para projetar o que vem por aí.

O canal definiu a nova série da seguinte forma: "A trama retrata a transição da Era dos Heróis ao seu pior momento. E uma coisa é certa: dos segredos terríveis de Westeros à verdadeira origem dos White Walkers, aos mistérios do Leste, aos Starks... nada é como a história que nós achamos conhecer".

O ponto-chave que tem deixado os fãs elétricos enquanto tentam desvendar os detalhes da história é a frase "nada é como a história que nós achamos conhecer".

Na mitologia de Game of Thrones, a Era dos Heróis é um período de 4.000 anos em que não houve nenhum registro dos acontecimentos. Tudo o que se sabe sobre essa época foi passado de boca a boca ou por meio de poemas e canções. Algumas poucas informações sobre a era foram ditas no decorrer da série e descritas na coleção de livros As Crônicas de Gelo e Fogo (na qual Game of Thrones se baseia).

Quem colocou no papel os relatos da Era dos Heróis foram os religiosos da Fé dos Sete, milhares de anos depois. Acredita-se que eles deram uma exagerada em alguns acontecimentos e excluído outros. Basicamente, os homens dessa época são para os habitantes de Westeros o que Hércules representa para nós, um mito.

O ator canadense Ross Mullan interpretou um tenebroso White Walker em Game of Thrones

Muralha e White Walkers
Dificilmente a HBO vai esclarecer cada momento dos 4.000 anos da Era dos Heróis. O ideal seria pegar apenas os eventos principais do período. E um deles está logo na sinopse: "A verdadeira origem dos White Walkers".

Muitos moradores de Westeros, como a rainha Cersei (Lena Headey), acreditavam que os White Walkers eram produto da fantasia de escribas e que a Longa Noite não passava de uma fábula. Mas, conforme mostrado na sétima temporada, as coisas não foram bem assim.

A Longa Noite é o principal evento da Era dos Heróis (Longa Noite também é o título que George R. R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo, quer para a série filhote). Trata-se do nome dado a um intenso inverno que durou gerações, trazendo fome e mortes. Os White Walkers invadiram Westeros com a missão de destruir tudo o que vissem pela frente, com a ajuda de zumbis.

Os algozes foram derrotados pelos chamados First Men (os primeiros habitantes de Westeros) e pelos Children of the Forest (Filhos da Floresta). Assim, a famosa Muralha foi construída no norte do continente para barrar um possível retorno dos temidos White Walkers.

A Muralha tem 213 metros de altura e 482 quilômetros de comprimento. Com gelo puro, a grande barreira não tem, por si só, como impedir uma invasão dos White Walkers. O que realmente os detinha de cruzar o obstáculo era uma magia bolada pelos Filhos da Floresta. 

Tudo mudou na mais recente temporada de GoT, a sétima. No derradeiro episódio, o Rei da Noite (Vladimir Furdik) matou Viserion, um dos dragões de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke). A fera foi transformada em um bicho zumbi e passou a cuspir fogo azul, que derreteu um pedaço da Muralha. 

Jon Snow (Kit Harington) na Muralha; herói de Game of Thrones já integrou o Night's Watch

Quem ergueu a Muralha?
Em Westeros, a lenda afirma que um homem notável foi o responsável por erguer não só a Muralha, mas também o castelo de Winterfell. Seu nome é Brandon Stark, membro dos First Men, fundador da Casa Stark e apelidado de Bran, o Construtor.

Citado brevemente na primeira, na terceira e na quinta temporadas de GoT, Bran é um homem mítico. Dizem que ele levantou a Muralha com a ajuda de gigantes. E para protegê-la, criou a guarda militar chamada de Night's Watch (Patrulha da Noite). Bran, o Construtor entrou para a história como o primeiro Rei do Norte, posto exercido posteriormente por Jon Snow (Kit Harington).

Seu nome é tão imponente que atravessou gerações. Há vários "Brans" no clã Stark, incluindo o interpretado por Isaac Hempstead-Wright e bem conhecido dos fãs de Game of Thrones. Por existir tantos homens com o mesmo nome, acredita-se que muitos feitos realizados por outros "Brans" sejam atribuídos ao original.

Pai dos Lannisters
O apelido do fundador da Casa Lannister também é autoexplicativo: Lann, o Esperto. Essa é a tradução oficial da coleção As Crônicas de Gelo e Fogo. De maneira mais popular, ele poderia ser chamado de Lann, o Malandro.

Tido como vigarista, Lann é um personagem importante durante a Era dos Heróis. A lenda diz que ele conquistou o castelo de Casterly Rock sem usar uma arma sequer, apenas no papo, na sagacidade. Antes os habitantes mais ricos de Westeros, os Casterlys entraram em extinção após a tomada de Lann.

A pilantragem de Lann chegou a tal ponto que dizem que ele roubou ouro do sol para tingir o seu cabelo. Há ainda quem acredite que seu fantasma sonda os perímetros da fortaleza de Casterly Rock até os dias atuais.

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