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Segredo revelado

Cuidado! Netflix cancela séries que você abandona pela metade

Divulgação/Netflix

Jahi Winston e Peyton Kennedy em Everthing Sucks!, série cancelada devido à baixa audiência - Divulgação/Netflix

Jahi Winston e Peyton Kennedy em Everthing Sucks!, série cancelada devido à baixa audiência

REDAÇÃO

Publicado em 13/6/2018 - 5h47

Você é daqueles que larga uma série no meio e só volta a vê-la meses depois? Cuidado, isso pode levar ao cancelamento da produção. O alerta é de Ted Sarandos, chefe de conteúdo da Netflix, que diz valorizar o assinante fiel na hora de decidir se vai renovar uma atração. "Nossa filosofia é: as pessoas que começaram a ver um episódio continuaram assistindo [à série]?", resumiu em reportagem do site Vulture.

Para a Netflix, uma série com alta taxa de abandono é pior do uma produção que não alcança um grande público desde o início. A fidelidade é crucial, e maratonas no primeiro fim de semana não contam muitos pontos.

"Não encorajamos isso", resumiu o executivo. "Completar um episódio é mais importante. Nós não consideramos se as pessoas estão 'devorando' a série no fim de semana do lançamento, porque o número de quem faz isso é muito pequeno".

De acordo com a reportagem, existe uma metodologia não oficial aplicada na Netflix que considera a audiência dos primeiros 28 dias. E é isso que vale na hora de decidir o futuro de uma atração. Sarandos dá o nome de "índice de sobrevivência" a essa métrica.

A sobrevivência é bem exemplificada com a série One Day At a Time. Em fevereiro deste ano, oito dias antes de completar as tais quatro semanas do lançamento da segunda temporada, a showrunner da comédia, Gloria Calderón Kellett, foi ao Twitter e fez um pedido aos fãs:

"Se você quer apoiar a série e a mim, POR FAVOR assista ao menos QUATRO episódios nos próximos dias. A Netflix decide qual série será renovada com base nas visualizações [dos episódios]", escreveu a roteirista. O clamor deu certo. No fim de março, a Netflix anunciou que a comédia ganhou uma terceira temporada.

One Day at a Time é uma das queridinhas da mídia norte-americana. É um remake de uma produção homônima (1975-1984) que narra a vida de imigrantes cubanos que buscam encontrar um novo rumo em território norte-americano.

Outra série bem vista pela imprensa, mas que teve destino oposto de One Day at a Time, foi Everything Sucks!. O cancelamento precoce da comédia teen ambientada nos anos 1990 gerou protestos de fãs, e muitos jornalistas lamentaram o fim abrupto da trama. Porém, ela foi descontinuada por um motivo simples: "Poucas pessoas a assistiram [até o fim]", disse Sarandos.

Cindy Holland, vice-presidente de conteúdo original da Netflix, explicou melhor a situação de Everything Sucks! e deu um panorama sobre como a empresa toma decisões difíceis. Embora tenha desfalcado pouco os cofres da plataforma (a temporada completa custou dois terços de um único episódio da superprodução The Crown), "[a comédia] não teve uma audiência abrangente", segundo a executiva.

"Não conseguimos tirá-la de um público nichado", completou. "Somente um número [de clientes] muito abaixo da média terminou a série."

A primeira impressão é a que fica
A reportagem também destaca outro ponto importante para a Netflix. A empresa fica de olho em quais séries os novos assinantes veem primeiro. Isso dá a elas a informação de qual atração foi o chamariz para o cliente recém-chegado.

Para Sarandos, até o IMDb (site que compila fichas de filmes e séries) é parâmetro para saber o que está funcionando ou não na Netflix. "[O IMDb] é um bom indicador porque o feedback [nas avaliações] é dado por pessoas que estão inseridas no mundo do entretenimento". Ele se gaba de que, entre os 30 programas mais bem avaliados no IMDb na temporada 2016-2017, 14 eram produções originais da Netflix.

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