Globo muda de ideia e dá carta branca para diabinho aparecer em Renascer

Uma cena exibida no capítulo desta quarta (6) de Renascer já deixou clara a nova instrução da Globo quando ao diabinho da trama: agora, as sequências com o "ser sobrenatural" estão liberadas. A emissora entendeu que a novela das nove já está consolidada, e, por isso, pode se dar ao luxo de se arriscar em alguns aspectos.

O temor até agora era o de que o público mais religioso deixasse de acompanhar a saga de José Inocêncio (Marcos Palmeira) caso se deparasse com as cenas, que, na maior parte das vezes, eram irônicas e debochadas. Mas, a essa altura, entende-se que a audiência já está envolvida demais com a história para abandoná-la.

Ainda assim, as sequências estão sendo exibidas aos poucos. O diabinho apareceu apenas de costas, sem grandes movimentos --bem longe da cena que estava prevista para o início da novela, quando o serzinho deveria até dançar em sinal de deboche.

À época, a emissora optou por usar um efeito que simulasse um "reflexo" na garrafa, para justificar o fato de o ser não estar aparecendo. Em outros momentos, foram sacrificadas cenas que davam foco à garrafa.

Na versão original, o diabinho costumava aparecer com muito mais frequência. Vira e mexe, ele debochava de seu dono e o provocava. Ele só parou de aparecer quando foi dado a Tião Galinha (Osmar Prado em 1993; Irandhir Santos no remake), que acabou o deixando escapar sem querer.

A partir de então, José Inocêncio (Antonio Fagundes na versão original) começou a sentir dores que nunca havia sentido, num símbolo de que seu corpo não estava mais fechado.

Renascer foi escrita e criada pelo autor Benedito Ruy Barbosa. A primeira versão foi ao ar na Globo em 1993. Bruno Luperi é neto do novelista e responsável pela adaptação da saga rural que estreou no horário nobre em janeiro. O remake ficará no ar até setembro.

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