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GRANA ALTA

Sem UFC, Globo está a um triz de perder 'mina de ouro' de quase R$ 100 milhões

DIVULGAÇÃO/UFC

Amanda Nunes em luta no UFC 277

Amanda Nunes no UFC: Globo perderá quase R$ 100 milhões que fatura anualmente com o Combate

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 26/9/2022 - 6h25

Com o UFC (Ultimate Fighting Championship) indo para a Band em 2023 e com a criação de um pay-per-view próprio do evento de lutas, a Globo pode ter perdas importantes com o Combate, seu canal por assinatura dedicado às artes marciais. Por ano, ele costuma arrecadar quase R$ 100 milhões. A tendência é que haja uma debandada de assinantes que prefiram pagar mensalidade na nova plataforma de Dana White.

O Notícias da TV teve acesso aos números do Combate. Hoje, a base de assinantes do canal de lutas é de pouco mais de 200 mil adimplentes, somando TV por assinatura e vendas diretas por meio do Globoplay. A média da assinatura é de R$ 69,90 por mês. 

A Globo também vende diretamente um plano anual que sai por R$ 40 por mês. Em média, o Combate dá um faturamento de R$ 7,9 milhões mensalmente para o Grupo Globo. Anualmente, é uma arrecadação que chega a R$ 95,7 milhões. Com variáveis, como a compra de eventos avulsos, o valor pode chegar a R$ 100 milhões. 

Mesmo desfalcada de seu principal atrativo, a Globo rechaça terminar o canal Combate e argumenta que vai investir cada vez mais em outras modalidades, como o boxe. Nos últimos dois anos, com combates envolvendo Whindersson Nunes, Popó e Mike Tyson, o canal à la carte conseguiu angariar mais assinantes e até mais dinheiro do que lutas mais esperadas do UFC, por exemplo

"Há 20 anos, o Combate ajuda a construir a paixão do brasileiro pelos esportes de luta e amplia, cada vez mais, seu portfólio de competições. Recentemente, fechamos novas parcerias com a Top Rank, promotora de lutas com grandes nomes do boxe como Muhammad Ali, Sugar Ray Leonard, Oscar de La Hoya, Floyd Mayweather, Robson Conceição e Esquiva Falcão", disse recentemente a empresa em nota ao Notícias da TV.

"Além de MMA, boxe e kickboxing, o canal oferece ainda competições de jiu-jítsu, caratê e muay thai, além de programas exclusivos, documentários, séries e acervo de lutas históricas", conclui o comunicado da empresa. Para reforçar o portfólio do Combate, a Globo adquiriu o Glory, que conta com algumas das maiores promessas do kickboxing mundial. 

No ano que vem, a Band vai passar até 12 eventos ao vivo por ano. A estreia deve acontecer em 21 de janeiro, um sábado, quando está previsto acontecer o UFC 283, no Rio de Janeiro. Um programa semanal, nas madrugadas de sexta, também irá ao ar. Rodrigo Minotauro será um dos comentaristas. 

Além das lutas, a Band vai mostrar os bastidores da modalidade com o Embedded, série de conteúdo em vídeo, e o UFC Countdown, que expõe a vida e o treinamento dos atletas enquanto se preparam para os eventos. A competição pelos cinturões estava fora da TV aberta desde 2018.


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