GUERRA DE FACÇÕES
REPRODUÇÃO/GLOBONEWS
Escondida em um prédio, equipe da GloboNews mostrou ação da Polícia Militar contra facções no Rio de Janeiro
REDAÇÃO
Publicado em 27/8/2020 - 13h42
Atualizado em 27/8/2020 - 13h58
O repórter André Coelho e o cinegrafista William Corrêa, da GloboNews, ficaram encurralados durante uma troca tiros no bairro do Rio Comprido, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (27). No fim da manhã, disparos foram iniciados quando a equipe de reportagem estava acompanhando um trabalho de perícia após um tiroteio entre facções que aconteceu na madrugada. A imprensa precisou se esconder em um prédio.
"A gente fala ao vivo, eu e o repórter cinematográfico William Corrêa estamos ao vivo de um prédio na rua Arístides Lobo, no bairro do Rio Comprido, onde começou agora há pouco uma nova troca de tiros bem próximo de onde a gente está. Essa região enfrenta um clima de instabilidade muito grande desde ontem, com essa guerra de facções pelo complexo de São Carlos", falou Coelho durante o Edição das 10h.
"Estamos escondidos, em segurança, tentando se manter longe de qualquer conflito. Mas a situação aqui é bem complicada. Um clima de muita tensão que mostra o grau de violência que essa região vem vivendo desde ontem [26]", explicou o repórter, enquanto o cinegrafista mostrava a movimentação de policiais na rua.
"Houve, mais cedo uma troca de tiros por causa dessa perseguição a bandidos que fugiam do complexo de São Carlos, aqui nessa região. Uma família chegou a ser feita refém nessa tentativa de fuga do bandido. Um bandido morreu na rua onde nós estamos, a polícia terminou a perícia", disse o funcionário da GloboNews.
"A gente estava terminando de acompanhar o trabalho da Polícia Civil, quando observamos grande movimentação dos policiais. Havia suspeita de que bandidos que estão no complexo de São Carlos pudessem tentar sair do morro e fugir pela mesma rota que os bandidos fizeram", falou André Coelho.
Um novo tiroteio começou, e não houve tempo de a equipe deixar o local. "Agora há pouco, começou uma intensa troca de tiros onde estamos, com a polícia tentando impedir a saída desses criminosos por aqui e tentar manter algum clima de segurança, mas é um clima de muita tensão", informou.
Após revelar a situação, o repórter voltou a destacar que a equipe estava em segurança. "Nós estamos dentro de um prédio no Rio Comprido, nós fomos surpreendidos por uma troca de tiros aqui. A Polícia Militar estava reforçando o patrulhamento aqui após essa guerra de facções, quando um intenso tiroteio começou", continuou o jornalista.
"Os profissionais de imprensa fugiram e conseguiram se esconder em alguns prédios e estabelecimentos aqui da região. A polícia tenta controlar e dar um pouco de tranquilidade após esse dia de muita violência na região central e na zona norte da cidade", relatou Coelho.
A GloboNews continuou com a cobertura dos tiroteios entre facções do Rio de Janeiro durante o Estúdio I, às 13h.
Durante o Jornal Hoje, na Globo, a repórter Lívia Torres relatou a mesma situação. "Manhã de terror. Como vocês podem perceber, eu falo ao vivo de dentro de um prédio, porque com o intenso tiroteio a Polícia Militar pediu para que a nossa equipe entrasse em um prédio e não ficasse na rua. Não estava seguro. Agora, sim, a gente está em segurança na garagem de um prédio", explicou a jornalista em conversa com a apresentadora Maju Coutinho.
Na quarta (26), o complexo São Carlos foi invadido por bandidos rivais, e o local foi palco para um intenso confronto entre facções. Na última noite, a atendente Ana Cristina da Silva, de 25 anos, foi atingida por dois disparos no fogo cruzado e não resistiu aos ferimentos. Ela tentava proteger o filho.
Na rua Aristides Lobo, local em que a imprensa estava quando a troca de tiros começou, um bandido tentou fugir de um cerco policial mantendo uma família refém por cinco horas, mas se entregou. Um criminoso foi morto no local.
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